O FBI, polícia federal norte-americana, anunciou que, a partir de 2016, os maus-tratos contra animais serão considerados “crime contra a sociedade”. Dessa forma, as pessoas que cometerem a infração serão agrupadas na mesma categoria dos assassinos, pelo menos nos Estados Unidos.
A iniciativa é uma vitória para os defensores dos animais, já que deve ajudar a reforçar as leis e rastrear mais efetivamente os crimes, bem como diminuir os casos. Ao todo, são quatro categorias de abuso: a negligência simples, abuso intencional e tortura, abuso organizado e abuso sexual.
Para o FBI, o conceito de crueldade se refere à execução intencional ou às ações e maus-tratos de qualquer animal sem justa causa, tal como a tortura, mutilação, atormentação, envenenamento ou abandono.
Segundo o diretor de políticas de abuso contra animais da Sociedade Humana da América, a iniciativa deve ter dois resultados imediatos: o de mostrar à todas as agências policiais que o tema deve ser tratado com seriedade, bem como mostrar a gravidade do problema e, ainda, monitorar em tempo real os casos de abuso animal nos 50 estados norte-americanos, compilados em relatórios mensais pelas autoridades locais.
Crueldade com animais pode resultar em problemas mais sérios no futuro
A iniciativa é, ainda, uma forma de conscientizar as pessoas e evitar problemas futuros ou crimes ainda maiores. Isso porque, pesquisas comprovam que crianças que torturam ou matam animais podem repetir essa violência contra as pessoas quando crescerem.
Além disso, segundo estudos do FBI, cerca de 80% dos psicopatas começam seus crimes cometendo abusos contra os animais. Aliás, a lista de serial killers famosos que já cometiam crueldades desse tipo quando mais novos é grande e inclui casos de todo o mundo, inclusive Brasil.
Os resultados podem ser explicados por análises psicológicas, que afirmam que os alvos preferidos dos psicopatas são as criaturas frágeis, ingênuas, indefesas e que são fáceis de enganar ou de capturar.