O custo da energia solar para residências no Brasil diminuiu 3% no quarto trimestre de 2024, passando de R$ 2,53 para R$ 2,46 por Watt-pico (Wp). Esta redução ocorreu mesmo com o aumento nos preços dos equipamentos fotovoltaicos. Os dados provêm do Radar, um indicador trimestral da Solfácil, o maior ecossistema de energia solar da América Latina.
A competitividade acirrada do mercado foi o principal fator para esta queda nos preços. Muitas empresas optaram por reduzir suas margens para manter a atratividade de seus produtos, enquanto negociações prolongadas limitaram o repasse dos custos mais altos aos consumidores.
Cenário desafiador para o setor
Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil, comenta: “O mercado atual exige que os integradores mantenham preços competitivos para preservar sua participação. Isso resulta em benefícios para os consumidores, que continuam tendo acesso a sistemas de energia solar mais acessíveis, porém afeta a rentabilidade do setor.”
A pesquisa revelou que somente os projetos de até 4 kWp apresentaram uma desaceleração na queda dos preços, com uma redução de 2% em comparação ao trimestre anterior.
O que esperar em 2025
Apesar da atual tendência de queda nos preços ao consumidor, o setor pode enfrentar novos desafios em 2025. Alterações tributárias previstas podem resultar em um aumento considerável no preço dos equipamentos, potencialmente afetando os valores finais para o consumidor.
A maioria dos estados brasileiros registrou redução no preço da energia solar. Paraná e Tocantins lideraram com 7% de queda, seguidos por Rio de Janeiro e Piauí com 6%. São Paulo, Acre, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul tiveram reduções de 5%. Em contrapartida, Espírito Santo, Sergipe (ambos com -2%) e Amapá (-1%) foram os únicos a apresentar aumento nos preços médios.
Variações regionais
O Centro-Oeste mantém-se como a região com preços mais acessíveis para instalação de energia solar, com custo médio de R$ 2,36 por watt-pico (Wp), 2% menor que no trimestre anterior. O Sul vem em seguida com R$ 2,44 (Wp), após uma redução de 4%.
O Sudeste registrou R$ 2,48 (Wp), valor acima da média nacional, mesmo com uma queda de 3%. O Nordeste apresentou R$ 2,45 (Wp), também com redução de 2%. A região Norte se destaca como a mais cara para projetos solares, com R$ 2,60 (Wp), apesar de um recuo de 4% no período.
Com informações de Notícia Sustentável