A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou, no primeiro dia de junho, uma decisão que já era especulada há algum tempo. Por decisão de seu presidente, Donald Trump, os Estados Unidos anunciaram oficialmente sua saída do Acordo de Paris, selado em 2015 por mais de 150 países.
Vencedor das últimas eleições norte-americanas, em novembro do ano passado, Trump sempre se posicionou de maneira enfática sobre as questões ambientais, referindo-se ao problema do aquecimento global como uma grande “invenção”, acusando os especialistas de exagerarem em suas pesquisas redigidas sobre o tema.
Em nota oficial para o site da ONU, o secretário-geral da organização, António Guterres, lamentou a ação norte-americana, reforçando a importância do acordo sobre mudanças climáticas para diminuição dos avanços do aquecimento do planeta. Segundo ele, é uma “grande decepção para os esforços globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a segurança global”.
Em outro trecho, o chefe da ONU destacou o fato de que o acordo adotado estabeleceu importantes compromissos assumidos pelas nações, que “reconhecem o imenso mal que as mudanças climáticas já estão causando e a enorme oportunidade que apresenta a ação climática”.
Ainda não se sabe ao certo como essa decisão impactará no posicionamento dos outros países – levando em consideração a influência do Estados Unidos sob as outras nações. Entretanto, a ONU confirmou que os termos assinados pelas partes em abril de 2016 estão mantidos.
Em sua declaração, inclusive, Guterres reforçou que todos os países signatários estão cientes de que a ação oferece um quadro significativo e flexível para todos e que as primeiras transformações previstas no acordo já estão em andamento.
O secretário-geral ainda afirmou que “aguarda com expectativa para se engajar com o governo norte-americano e todos os atores nos Estados Unidos e em todo o mundo para construir o futuro sustentável de que nossos netos dependem”.