A energia solar vai ser a forma mais barata de produção de energia elétrica daqui a cinco anos. Pelo menos é o que afirma um estudo realizado pelo Agora Energiewende, centro de pesquisas alemão que trabalha com mudanças climáticas.
Intitulado “Current and Future Cost of Photovoltaics”, o relatório estuda o custo da energia solar hoje e faz projeções para 2025 e 2050. Para chegar aos resultados, foram analisados projetos de grandes usinas fotovoltaicas em diferentes países da Europa, América do Norte, África, Oriente Médio, além de Austrália, Índia, China e Brasil.
Além disso, para ser mais realista, os pesquisadores levaram em conta o custo dos painéis, incluindo o preço de cada componente, e analisaram as condições climáticas locais e o custo de capital.
De acordo com os dados, para os próximos 10 anos os preços da energia solar produzida em grandes usinas devem cair cerca de 30%. Para 2050 a expectativa se mantém nos mesmos patamares.
De acordo com os analistas norte-americanos Brian Lee e Thomas Daniels, a redução pode ser enxergada já daqui a cinco anos – considerando o cenário norte-americano, em que as placas fotovoltaicas para uso doméstico estão cada vez mais populares e baratas.
Outra expectativa é de que, só nos Estados Unidos, a energia solar custe US$ 0,20 KWh até 2033.
Marcos regulatórios impedem a redução do custo
Apesar das previsões, os especialistas afirmam que para que todo o sistema seja realmente mais barato do que a energia distribuída pelas redes de transmissão ou obtida através de geradores a gás, é preciso investir em marcos regulatórios e financeiros. Isso porque, é preciso um grande investimento para instalar uma usina solar.
O Brasil tende a enfrentar graves problemas quanto a isso, por conta da alta carga tributária. Para garantir a competitividade com os demais mercados – externos e internos – é preciso que a situação mude, segundo o estudo.