Uma das principais alternativas para a geração de energia limpa e renovável, a energia eólica se apresenta como uma boa opção para o complemento da matriz geradora de eletricidade no Brasil. Visto o potencial, alguns setores brasileiros tentam impulsionar este modelo de produção inovadora.
A Carta dos Ventos é um documento criado em 2009 no Fórum Nacional Eólico. Seu objetivo é definir diretrizes em estâncias governamentais e empresariais, para promover a articulação de programas para incentivo político, econômico, fiscal e regulatório relativos ao mercado eólico.
Revisada em 2013, a carta toca em vários pontos cruciais para que a energia eólica ganhe mercado e se estabeleça no Brasil. Eles seriam:
• Analisar a pertinência de políticas a longo prazo, específicas ao setor de energia eólica;
• Desenvolver, em conjunto com os Estados, a infraestrutura em regiões de potencial eólico reconhecido, com especial ênfase em transmissão, transporte rodoviário e telecomunicações;
• Desenvolver o mercado fornecedor nacional de equipamentos e serviços para a cadeia eólica, incluindo a atração de investidores internacionais para favorecer a transferência de tecnologia e implantar gradualmente, políticas de incentivo à nacionalização dos equipamentos e serviços;
• Estabelecer metodologias padronizadas de coleta, sistematização e armazenamento de dados sobre o potencial eólico a nível nacional, regional e local;
• Fomentar, com o apoio dos Estados, programas de capacitação e formação de recursos humanos para atuar em todas as etapas da cadeia produtiva de aerogeradores;
• Criar programas de P&D que assegurem o domínio da tecnologia eólica e coloquem o país em posição de destaque no cenário mundial;
• Promover a unificação dos processos de licenciamento ambiental dos projetos eólicos;
• Atualizar o potencial eólico do Brasil, considerando as mudanças de tecnologia de geração elétrica e as limitações ambientais.