Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo e François Hollande, presidente da França, assinaram na última sexta-feira um acordo inédito de cooperação internacional, no qual prevê a despoluição do Rio Tietê, em São Paulo, utilizando as mesmas técnicas empregadas no Rio Sena, localizado na França, que nos anos 1960 foi considerado biologicamente morto por conta dos altos níveis de poluentes despejados nele.
Para realizar a operação de despoluição das águas do Tietê, a Siaap, entidade que lidera a gestão das águas na região francesa de Île-de-France, responsável pela despoluição do rio Sena, e a Secretaria de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) vão desenvolver projetos e conversas para alinhar conhecimentos e tecnologias, contribuindo para o êxito do programa.
No projeto semelhante ao que será usado para despoluir o rio Tietê, existem mais 50 iniciativas conjuntas de sustentabilidade que serão aplicadas em municípios do litoral norte, como metas de desenvolvimento urbano, mobilização urbana e recuperação de áreas verdes próximas a Serra do Mar.
Uma delas é o projeto de eficiência energética desenvolvido em parceria com a Secretaria de Energia de São Paulo, que vai estudar e estabelecer metas em três áreas prioritárias: energia fotovoltaica e solar, legislação e uso de resíduos sólidos na produção de energia.
O rio Sena foi tratado com diversas leis de proteção e milhões de euros de investimento em estações de tratamento e recuperação do ecossistema. Em 2009 foi anunciado que o Salmão do Atlântico e várias outras espécies de peixes voltaram a nadar no rio, sinal de que a água recebeu tratamento de purificação adequado.