É comum encontrar estações de metrô brasileiras e vagões dos trens metropolitanos apresentando superlotação, ou seja, neste cenário, a tendência é de ambientes muito quentes. Porém, até o momento, nada disso gerou benefícios à população. No entanto, em Londres (Inglaterra), cidade que sofre pela mesma situação, as temperaturas quentes produzidas nas instalações de transporte ferroviário serão utilizadas esquentar as residências.
Desenvolvida por meio de uma parceria entre o prefeito da metrópole, Boris Johnson, o Conselho de Islington, um departamento municipal, e a companhia Transport for London, a iniciativa pretende direcionar o calor gerado no metrô e nas suas imediações a um grande poço de ventilação e, posteriormente, desviar as ondas quentes para a rede térmica ligada às casas.
O projeto objetiva diminuir os gastos da cidade com eletricidade e reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 60%, pois os ingleses investem na utilização de termelétricas a carvão, ou seja, usinas de energia geradoras de poluição. Aliás, é importante ressaltar que, de modo geral, a exploração de derivados de petróleo registrou aumento de 25% no Reino Unido.
Basicamente, a rede metroviária de Londres irá captar o calor emanado por usuários, trilhos, vagões e algumas máquinas presentes em seus 408 km de extensão. A ideia é viabilizar o fornecimento de energia sustentável, promovendo o desenvolvimento de tecnologias de baixo impacto ambiental, assim como economizar recursos financeiros e preservar a atmosfera. Nos metrôs do Brasil, há oportunidade para um projeto similar, afinal, “calor humano” é o que não falta.