O Reino Unido inaugurou o maior parque eólico do mundo no início de junho no Mar do Norte, localizado no Oceano Atlântico. O London Array e suas 175 turbinas aerogeradoras ocupam uma área de 100 km², com capacidade instalada para gerar 3,6 gigawatts (GW), o bastante para abastecer quase meio milhão de casas por ano, podendo chegar a 18 GW nos próximos dez anos.
A usina eólica de tecnologia offshore (que permite instalar as plataformas em alto mar, afastadas da costa, diferente das convencionais) funciona desde abril. O projeto é de propriedade de uma empresa dinamarquesa, alemã e de Abu Dhabi, especialistas em métodos de geração de energia renovável. Neste recurso as turbinas aerogeradoras são fixadas a 30 metros de profundidade, de modo que não flutuem e as hélices não percam estabilidade.
O parque eólico ajudará a reduzir a emissão de 925 mil toneladas de gás carbônico, diminuindo a colaboração dos britânicos no aquecimento global. Além desta contribuição para a atmosfera, a instalação do parque eólico traz avanços socioeconômicos e tecnológicos para o Reino Unido.
Para David Cameron, primeiro ministro britânico, que esteve presente na inauguração do parque, “o Reino Unido tem uma das melhores fontes de energia renovável da Europa, mas os ministros não estão fazendo o suficiente para desenvolver esse enorme potencial e criar milhares de novos empregos”, destacou o ministro em uma entrevista ao jornal The Guardian.
Agora o Reino Unido é considerado líder mundial da indústria eólica offshore. Entretanto, no ranking geral de energia eólica (tanto em mar quanto em terra), o país é o sexto colocado com cerca de 3% de participação mundial.
Em 2012, o estudo do Conselho Global de Energia Eólica revelou que mesmo em crise, o país obteve um bom desempenho, já que instalou mais 1,9 mil MW, que corresponder a 4,2% do crescimento mundial no setor no mesmo ano.
Para a Don Energy, uma das empreendedoras do parque eólico, o objetivo é criar outros projetos de parques semelhantes com tecnologia offshore que produzam energia eólica em torno de US$ 152 por megawatt-hora até 2020.