Estima-se que cada morador de Nova York seja responsável por jogar fora, em média, 15 kg de lixo por semana. O número é considerado alarmante por especialistas, principalmente quando avaliado o total do ano – é equivalente a milhões de toneladas.
Para reduzir o problema e os impactos negativos gerados ao meio ambiente, a prefeitura da cidade anunciou, na semana em que se comemora o Dia da Terra, um plano para reduzir sua produção de resíduos em 90% até 2030.
A estratégia faz parte do plano Lixo Zero, que deve rever o programa de reciclagem que já existe em Nova York e apoiar novas iniciativas, como a do Conselho Municipal que busca diminuir a utilização de sacolas plásticas.
A ideia geral é ampliar o plano de coleta de resíduos orgânicos — que correspondem a 31% do lixo total da cidade— para 200 mil habitantes até o fim do ano e para toda a população de 8,5 milhões de pessoas até 2018. Além da coleta, o programa pretende, ainda, incentivar a redução da produção de lixo através de descontos em impostos para cidadãos comuns.
Com essas ações, é esperada a redução em mais de três milhões de toneladas de lixo, proporcionando uma economia de US$350 milhões por ano. Os resíduos produzidos e coletados na cidade são transportados para depósitos em outros locais, como a Carolina do Sul e a Virgínia.
PlaNYC
Essa meta de redução de resíduos é uma atualização no projeto de sustentabilidade da cidade, chamado PlaNYC, criado pelo antigo prefeito, Michael Bloomberg, e renomeado como OneNYC.
A cidade de Nova York vem reduzindo sua quantidade de lixo desde 2005 – ao todo, houve uma queda de 14% na produção de resíduos. Para aumentar esse número e chegar ao resultado esperado o mais rápido possível, a prefeitura tem investido em outra iniciativa no âmbito comercial.
Dessa forma, as empresas que contribuírem com a redução na geração de lixo poderão ter isenção em taxas, enquanto aquelas que desrespeitarem o projeto estarão sujeitas à multa. Além de potencializar a reciclagem, o plano prevê investimentos em infraestrutura.