Enquanto a crise no setor elétrico brasileiro provoca perdas de aproximadamente R$ 32,4 bilhões num só ano, a Bloomberg New Energy Finance (BNEF) projeta o crescimento do mercado de energia solar em 2014. De acordo com a empresa provedora de dados, a expectativa é de que haja um crescimento de 20% no segmento fotovoltaico em escala global, configurando a criação de 46 gigawatts (GW).
Segundo a BNEF, há certa alteração no cenário mundial de potências solares, uma vez que, neste ano, a prévia acena com a instalação de apenas 3,3 GW na Alemanha, ou seja, desempenho aquém do esperado para um país considerado referência na produção de energia limpa. Enquanto isso, a China se tornou recordista internacional na implantação de projetos fotovoltaicos, possibilitando a geração de 12 GW em 2013.
Assim como os chineses, que planejam chegar a 14 gigawatts em 2014, o Japão também demonstra interesse no setor de energia solar e pretende alcançar a marca de 10,5 GW produzidos neste ano. Ultrapassado pelas nações asiáticas, os Estados Unidos estimam realizar a instalação de 5 a 6 GW, números que lhes concedem a terceira posição lista da Bloomberg New Energy Finance.
No Brasil, o mercado de eletricidade fotovoltaica está em desenvolvimento, fornecendo somente 6 mil quilowatts à matriz energética do País, conforme o Banco de Informações de Geração (BIG) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Por outro lado, a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) espera que o abastecimento por “energia dos ventos” (que também é uma fonte renovável) cresça 4% em 2014, graças ao investimento de R$ 23 bilhões.