Há oito anos a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) vem travando uma guerra contra os agrotóxicos. O projeto Hortas Cariocas já está presente em 30 comunidades e na Rede Municipal de Ensino da cidade.
A iniciativa democratiza o consumo de produtos fresquinhos e livres de agrotóxicos e ainda gera empregos diretos entre os moradores. Pessoas ligadas às escolas também se beneficiam, pois participam de um sistema de parceria para cuidar da plantação. Entre os produtos estão alface, almeirãoe couve.
Parte do que é produzido é dividido entre as escolas e creches municipais próximas às comunidades, como reforço da alimentação e também fica à disposição de famílias em risco social, indicadas pelas associações de moradores. Somente o restante é comercializado. O lucro é repartido entre os parceiros e parte dele é reinvestido nas hortas.
De acordo com a assessoria de imprensa da SMAC a produção anual é de aproximadamente 50 mil quilos de alimentos, que beneficiam 90 pessoas diretamente, através da criação de empregos nas hortas. Cerca de oito mil pessoas consomem mensalmente os alimentos produzidos.
Só na área da Tijuca, por exemplo, existem cinco hortas, sendo quatro nas comunidades Chácara do Céu, Borel, Salgueiro e Formiga e uma no CIEP Antoine Margarine Torres Filho. Já a horta localizada na Comunidade da Formiga atende duas creches e uma escola. Os alunos têm a chance de visitar frequentemente a horta e aprender sobre alimentação saudável, além de plantar e colher o próprio alimento.
Em entrevista à Agência Brasil, o idealizador e gestor do projeto, Julio César Barros, da Secretaria de Meio Ambiente disse que o projeto ajudou a reduzir os índices de ocupação irregular de terrenos ociosos, elevando os níveis de inclusão social. Sobre o incentivo da prática agrícola, ela declara: “O ideal seria que as hortas comunitárias fossem incluídas no planejamento urbano e na política municipal, pois trata-se de uma ação multifuncional que promove a sustentabilidade econômica, social e ecológica.”