Se o século XXI já pode ser taxado como o século da alta tecnologia, o século XX foi sem dúvida o século da industrialização em larga escala. A crescente busca por mais mercados de consumo por parte dos países mais desenvolvidos – EUA, Reino Unido, Alemanha, Japão e outros – resultou em um cenário muito preocupante para as gerações futuras. Pela primeira vez, após duas revoluções industriais, considera-se um possível esgotamento de recursos naturais não renováveis.
Cientistas do mundo todo também observaram na última década um aquecimento climático acima do normal, sendo apontado como uma das causas, a emissão de poluentes no meio ambiente gerada pela queima de combustíveis fósseis. Por isso, cada vez mais países não medem esforços numa corrida por tipos de energias renováveis.
Energias renováveis é todo tipo de energia produzida a partir de fontes naturais sem limites de esgotamento e que se reciclam permanentemente, como a água, o vento, a luz solar e toda a biomassa em geral, ou seja, produtos orgânicos como a cana-de-açúcar. A grande vantagem em relação aos recursos não renováveis é justamente a sua natureza inesgotável, ao contrário dos combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás e o carvão, que embora não seja possível calcular exatamente o quanto ainda o planeta dispõe destes meios, a dificuldade em se encontrar fontes fósseis resultou nas últimas décadas em custos astronômicos para governos e empresas.
Dentre alguns tipos de energias renováveis estão:
Energia solar: É a captação dos raios solares através de painéis chamados célula fotovoltaica, que ao absorverem a energia térmica a transforma em energia elétrica. É considerada uma das formas mais limpas de captar energia, porém não é amplamente utilizada devido aos altos custos de fabricação e instalação das placas solares. Além disso, elas não absorvem energia durante a noite e são pouco eficientes em épocas de chuva ou neve. Os países considerados grandes produtores de energia solar são EUA, Alemanha e Japão.
Energia Eólica: É a energia produzida pelos ventos, que é captado por hélices gigantes numa altura entre 50 e 100 metros que ao girarem levam energia suficiente para acionar um gerador, produzindo corrente elétrica. Esta é uma fonte renovável utilizada pelo homem desde a antiguidade, como os moinhos de vento. Uma das principais desvantagens deste tipo de produção de energia é a poluição visual das usinas eólicas.
O nordeste brasileiro vem se tornando referência na utilização deste meio, principalmente Recife e Natal, que abastece milhares de residências e indústrias com a energia eólica. No mundo, apenas cerca de 1% utiliza este tipo de recurso, sendo a China o principal produtor.
Biocombustível: Energia produzida por insumos agrícolas, como a cana-de-açúcar, cascas e folhas de árvores ou a semente de mamona. Este tipo de energia renovável alimenta principalmente veículos automotores que são abastecidos com etanol e biodiesel. A vantagem deste meio energético é o equilíbrio da relação entre consumo e emissão de CO2, pois o gás produzido pelos veículos é reutilizado pelas plantas no processo de fotossíntese. O Brasil possui grandes áreas para a produção desta matéria-prima e ainda pode gerar milhares de empregos e renda para quem vive no campo.
Apesar destas vantagens, no entanto, o cultivo de plantas utilizadas para o biocombustível pode contribuir negativamente na redução da biodiversidade e também no alto consumo de água para irrigação das plantas.
Hidrelétrica: Embora seja uma fonte de energia questionável em razão do seu impacto ambiental, é considerado um tipo de energia limpa e renovável. O Brasil é um dos maiores produtores de energia produzida pela água pelo fato do país possuir muitos rios. A água é uma grande fonte de energia e é ainda mais poderosa quando submetida a uma enorme pressão das represas. As hidrelétricas possuem turbinas que funcionam impulsionadas pela força da água. Essa força ativa um gerador que produz energia elétrica em altíssima escala.