Entre os dias 07 e 18 deste mês, em Marrakech, no Marrocos começa a Conferência de Partes (COP22) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne os principais líderes e representantes globais para tratar de assuntos ligados ao clima e sua influência para o futuro do planeta.
A expectativa é de que o Acordo de Paris, que entrou em vigor na sexta-feira (04), seja um dos principais temas debatidos ao longo da conferência. Com base no documento adotado por 195 países, e muito discutido nesses últimos 12 meses, a ideia é de que a COP22 seja pautada de maneira diferente em relação às outras edições – uma vez que um acordo de tamanho significado nunca antes tinha sido firmado.
A colaboração das partes envolvidas é um dos grandes trunfos da UNFCCC para a tratativa de novas questões climáticas, que desde o COP21 tem contado com o esforço dos países signatários para se ajustarem o mais rápido possível aos novos padrões acordados em Paris.
Dentre os principais objetivos do evento para esta sessão está a missão de “encorajar os países a se comprometerem com uma economia de baixo carbono”. Para isso, a ideia é de que novas definições a respeito de adaptações, transferência de tecnologias, mitigação, capacitação, perdas e danos sejam intensamente abordadas.
Durante o pronunciamento no qual confirmou o lançamento do Acordo de Paris no mês passado, o secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, fez um apelo aos países que ainda não ratificaram o acordo, enfatizando a importância de aparar todas as arestas antes da abertura da COP22.
Umas das razões para que ainda tantos países não tenham confirmado a ratificação é o impasse enfrentado na aprovação dos planos nacionais de adaptação. Entretanto, a ideia é de que a pressão da mídia e a realização da própria COP22 contribuam para que os respectivos governos concluam seus processos internos.
“Esta conferência é uma oportunidade de fazer as vozes dos países mais vulneráveis às alterações climáticas serem escutadas, sobretudo os países africanos e estados insulares. É urgente agir sobre estas questões ligadas à estabilidade e segurança “, declarou o presidente da COP22, Salaheddine Mezouar.