O governo de São Paulo apresentou, no dia 18 de julho, o Plano de Energia Paulista, que tem o propósito de produzir 69% de toda energia do Estado a partir de fontes renováveis até 2020. A meta é obedecer à lei paulista que determina, ainda nesta década, a redução em 20% do volume de emissão de gases de efeito estufa (GEE), em relação ao ano de 2005.
Em 2010, as fontes renováveis correspondiam a 55% do total da geração energética estadual, entretanto, atitudes já estão sendo tomadas para que o objetivo seja alcançado, pois, no último Leilão de Energia A-5, realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, no dia 29 de agosto, foram rejeitados os três projetos de usinas térmicas a carvão, que se concretizados, segundo a ONG WWF-Brasil, resultariam na dissipação de 10 milhões de toneladas de gás carbônico por ano.
De acordo com o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, haverá incentivos para as produções no setor sucroenergético, isto é, etanol à base de cana-de-açúcar, beterraba e grãos, além de outros tipos de bioenergia, como gás natural. Ainda no Leilão, foram incluídos projetos para a construção de 16 térmicas a biomassa, sendo nove licitados, ou seja, será aumentada a capacidade de criação de eletricidade a partir de resíduos urbanos, industriais e agrícolas, como bagaço e palha de cana-de-açúcar.
Ainda na questão de abastecimento energético, em âmbito nacional, o governo promete recuar seus planos de desenvolver pesquisas e fornecimento de energia nuclear, que representa 1% da geração do Brasil, devido à preocupação de acontecer alguma tragédia por conta de vazamentos, como ocorreu no Japão, em 2011. Por outro lado, a tendência é de que a produção de energia eólica seja expandida, pois seus custos estão se tornando mais baixos e, consequentemente, acessíveis.
Atualmente, as usinas hidrelétricas correspondem a 75% da rede energética do País e o consumo de eletricidade aumentou 3,5% só em 2012. Visando atender a demanda imediata, foram disponibilizadas propostas para a criação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), no evento organizado pelo CCEE. Ou seja, assim como em São Paulo, outras iniciativas que busquem produzir energia limpa devem ser elaboradas e apoiadas para que a nação se torne eficiente energeticamente.