Os biocombustíveis tornam-se cada dia mais importantes. Advindos de fontes naturais e renováveis, eles se apresentam como formas alternativas para garantir o funcionamento de carros e fábricas e, menos poluentes, auxiliam na diminuição dos gases do efeito estufa na atmosfera.
Na busca por matérias primas para biocombustíveis, as algas marinhas são uma novidade bem-vinda. Elas apresentam, por exemplo, um teor energético cem vezes maior do que a soja. O ambiente que elas necessitam para se desenvolver é extremamente simples: basta água, luz e gás carbônico para que se multipliquem.
Outra vantagem é o fato de que, além de possibilitarem a criação de um combustível limpo, as algas marinhas absorvem uma quantidade enorme de CO2 em seu processo de crescimento. Ou seja, o investimento no biodiesel de algas marinhas pode ser considerado duplamente sustentável.
Embora a lista de vantagens seja bastante convincente, também existem alguns pontos negativos que ainda precisam ser levados em conta quando se pensa no uso de biodiesel de algas marinhas em larga escala. A atual tecnologia para o processo de produção – em atividade em alguns países europeus, como Portugal – ainda apresenta custos muito altos, o que impede a sua popularização e o uso mais amplo.
Outra desvantagem é o fato dos canais e máquinas atualmente utilizados para a geração deste tipo de biocombustível ainda gerarem grande quantidade de poluição atmosférica. Mesmo que as algas apresentem uma série de vantagens enquanto matéria prima, ainda são necessários avanços em sua tecnologia de extração para que elas possam ser utilizadas como matérias primas para um combustível limpo. Esta é uma aposta para o futuro e, certamente, um dos destaques dentre os biocombustíveis nos próximos anos.