Obter potência a partir do calor que vem do interior da terra. Este é o objetivo da energia geotérmica ou geotermal, que busca o magma – material mineral que se encontra abaixo da superfície da Terra – em camadas de rochas profundas, que podem atingir até 6.000°C.
Você provavelmente já deve ter visto em filmes ou telejornais imagens de um vulcão em erupção. É isso que o magma faz quando encontra fissuras na crosta terrestre: explode em erupções vulcânicas ou por meio da liberação de gases que aquecem águas subterrâneas e afloram como minas de água quente. Os magmas são provenientes das pressões que acontecem embaixo da superfície e do calor gerado pela decomposição de substâncias radioativas, como o urânio e o tório.
Para obter a energia geotérmica são perfurados locais onde há grande concentração de vapor e água quente, que são drenados até a superfície por meio de tubulações. O passo seguinte é transportar o vapor a uma central elétrica geotérmica, que irá girar as lâminas de uma turbina. A energia é obtida através da movimentação dessas lâminas (energia mecânica) e transformada em energia elétrica pelo gerador.
A emissão de gases poluentes é praticamente nula, não intensifica o efeito estufa, a área para instalação da usina é pequena e pode abastecer comunidades isoladas.
Por outro lado, o processo ainda é caro e pouco rentável. Trata-se de uma fonte de energia não renovável que pode esgotar o campo geotérmico da terra. Além disso, a demanda de energia é muito maior que a oferta. A extração é medida em décadas, sendo que a recuperação pode durar séculos. O calor perdido aumenta a temperatura do ambiente e o processo provoca a emissão de ácido sulfídrico (H2S), extremamente corrosivo e nocivo à saúde.