RoHS, do inglês Restriction of Hazardous Substances, é uma diretriz de restrição de uso de certas substâncias perigosas em aparelhos eletroeletrônicos.
O sistema RoHS (2002/95/EC) é um conjunto de normas a serem seguidas que foi adotado pela União Europeia em fevereiro de 2003 e entrou em pleno vigor em 2006. A partir dessa data nenhum produto usando as substâncias cádmio (Cd), mercúrio (Hg), cromo hexavalente [Cr(VI)], bifenilos polibromados (PBBs), éteres difenil-polibromados (PBDEs) e chumbo (Pb) em seus processos de fabricação pode ser comercializado na Europa.
Apesar de ainda não ser Lei para todos os territórios pertencentes à UE, indústrias de todo o mundo estão se adaptando para cumprir a diretriz e continuar no mercado europeu. O maior desafio que a RoHS traz é a substituição do estanho e chumbo que são amplamente usados como soldas entre os componentes eletrônicos por materiais alternativos como a prata, o cobre e o bismuto.
Algumas empresas, mesmo sem obrigação, já identificam na embalagem do produto selos sob o título “RoHS Compliant”, tornando público que o produto é complacente às diretrizes do documento. É também comum o termo “lead-free” (livre de chumbo), quando se discute a fabricação de um produto sem a utilização do chumbo.
O chumbo, inspirado ou ingerido, pode afetar praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo humano, em especial o sistema nervoso central, o sistema reprodutivo e os rins. Em grandes quantidades, o chumbo pode reduzir o tempo de reação, fraqueza nos dedos, punhos e calcanhares, afeta a memória e causa anemia.
Uma segunda versão, RoHS 2 (2011/65/EU) se tornou Lei em 2011 entrando em vigor em janeiro de 2013. No novo texto, há melhores explicações regulamentares e dos aspectos legais, especificidades de inspeção e uma lista com 80 exceções aplicadas ao uso de substâncias perigosas. Foi decidido que as exceções irão expirar após cinco anos, quando o documento deverá ser revisto e atualizado.
Em futuras atualizações cogita-se a inclusão de Ftalatos, retardadores de chama bromados (BFRs), retardadores de chama clorados (CFRs) e o PVC.
Outros países começam questionamentos sobre as substâncias perigosas dentro de aparelhos eletroeletrônicos. Embora, alguns não tenham legislações tão estruturadas, possuem programas especiais de reciclagem desses produtos, como é o caso do Japão e Coréia do Sul.
A RoHS é bastante integrada com uma outra diretiva, a Waste from Electrical and Electronic Equipment (Lixo Proveniente de Produtos Eletroeletrônicos), ou WEEE (2002/96/EC). Ela traz processos e soluções para o enorme problema de toxinas descartadas de maneira incorreta através de coleta, reciclagem e recuperação de materiais eletrônicos.
O grande motivo para a criação da RoHS é justamente a falta da reciclagem de equipamentos eletrônicos e o seu descarte incorreto.