Conforme o mundo enfrenta um crescimento populacional gradativo, o consumo de produtos também aumenta de maneira proporcional. Consequentemente, o mesmo ocorre com o descarte de embalagens.
Considerando apenas a indústria das bebidas, esse número já é gigantesco: só no Brasil há o consumo anual de 13 bilhões de litros de refrigerante, em média. Tudo isso chega aos consumidores em algum tipo de embalagem, e depois que o produto acaba, elas precisam ir para algum lugar.
O ciclo de vida das embalagens de bebida
O ciclo de vida das embalagens de bebida varia de acordo com seu material. Para usar o exemplo dos refrigerantes, as garrafas PET são as mais utilizadas, correspondendo a 80% do total das embalagens utilizadas para abrigar este tipo de produto. Em segundo lugar estão as garrafas de vidro (12%), seguidas das latinhas de alumínio (8%). Todos esses são materiais recicláveis, mas passam por diferentes processos. Caso não sejam reciclados eles podem causar um grande impacto no meio ambiente.
Como descobrir o ciclo de vida das embalagens?
O método chamado Análise de Ciclo de Vida define alguns critérios para avaliar como determinado material está afetando o planeta. Essa análise leva em conta os seguintes pontos:
- Massa ou volume da embalagem: impacta na economia, no desperdício de matérias-primas, no transporte e no aumento ou redução do resíduo gerado pela embalagem;
- Escolha da matéria-prima e misturas: se a embalagem for produzida com responsabilidade, ela poderá ser enviada para a reciclagem sem grandes problemas. Entretanto, se houver uma mistura insustentável de materiais, sua reutilização pode ficar comprometida;
- Energia de fabricação: o uso de energia durante a fabricação das embalagens também interfere diretamente no meio ambiente;
- Formas de prolongamento e reutilização da embalagem: algumas embalagens são feitas de maneira que podem ter sua vida útil prolongada ao máximo e serem reutilizadas depois que o produto for consumido.
Onde se encaixa o ciclo de vida das embalagens de bebida?
Segundo um estudo realizado pela engenheira química Renata Bachmann, a embalagem com o maior impacto ambiental negativo é a garrafa PET. Apesar de apresentar bons aspectos de consumo de energia e de emissão de poluentes atmosféricos, as garrafas PET ainda têm o pior consumo de recursos naturais renováveis e não renováveis.
Melhor do que as garrafas PET em termos de preservação ambiental, são as embalagens de vidro, muito usadas para abrigar bebidas alcoólicas. O material possui menor impacto em relação aos resíduos sólidos.
Melhor ainda que as duas opções é o alumínio, que possui as menores taxas de emissão de resíduos, poluição atmosférica e uso de recursos naturais. Além disso, as latinhas de alumínio também são as que mais têm chances de ir para a reciclagem, o que as torna a melhor escolha quando o assunto é embalagem de bebida.
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