Foi no ano de 1986 que aconteceu o maior desastre nuclear da história humana, o vazamento da usina de Chernobyl. O acidente, que ocorreu ainda durante o regime da União Soviética, foi responsável por 56 mortes diretas e mais de 4 mil indiretas. Na época, o prejuízo financeiro foi estimado em 18 bilhões de rublos.
Devido às partículas radioativas espalhadas no ar, a cidade Pripyat, na Ucrânia, próxima a usina, precisou ser abandonada às pressas. O local nunca mais pode ser habitado e permanece isolado, apesar de ser considerado um grande polo de estudos para especialistas que buscam entender a relação entre a natureza e as partículas nucleares.
A cidade chama a atenção, também, de curiosos. Por estar completamente desabitada há 28 anos e ter permanecido intocada, o local se tornou um dos polos fotográficos mais bonitos do planeta, sendo explorado por ensaístas e documentaristas. Para lançar um novo olhar sobre Chernobyl, o diretor Danny Cooke usou um drone para voar e documentar os restos da região.
Para a produção, o diretor utilizou um Contador Geiger, equipamento que mede o nível de radiação, e passou uma semana na área, fazendo imagens incríveis do local, através de um drone. Confira:
O acidente
O acidente aconteceu quando os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção era observar o comportamento do reator quando utilizado com baixos níveis de energia. No entanto, para tornar o teste possível, era preciso quebrar algumas regras de segurança indispensáveis.
Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator, o que fez com que o reator entrasse em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Precisou de pouco tempo para que o reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo, explodisse no leste europeu.
A usina liberou uma quantidade letal de material radioativo, formando uma nuvem na cidade ucraniana de Pripyat. Na época, as autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores, além de enviarem helicópteros para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Mais de 45.000 pessoas foram prontamente retiradas da região.
Apesar de todos esses esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação ainda sofrem e sofrerão uma série de enfermidades, bem como os seus descendentes.