Terremoto na China
China. Foto: Reuters

À medida que o aquecimento global progride, os efeitos das instabilidades climáticas têm se intensificado, acarretando danos ambientais e sociais. Assim sendo, a possibilidade de ocorrerem novas tragédias vem se tornando cada vez maior ao redor do globo terrestre. Por isso, ao longo do ano de 2013, a Muniche Re, empresa alemã de resseguros, calculou que os desastres naturais no mundo causaram prejuízos de US$ 125 bilhões e a morte de 20 mil pessoas, conforme relatório divulgado no dia 7 de janeiro deste ano.

O levantamento demonstrou uma diferença relativamente pequena em relação às projeções feitas em dezembro pela Swiss Re, companhia suíça do mesmo setor, que indicava custos de 130 bilhões de dólares em restituições devido às catástrofes originadas pela natureza. No entanto, tais acontecimentos demandaram valor inferior ao de 2012, quando os reparos utilizaram cerca de US$ 196 bilhões.

Conforme a resseguradora germânica, em âmbito global, foram registrados 880 desastres naturais em 2013. Além disso, contabilizando as ocorrências dos últimos 10 anos, essas tragédias são responsáveis pela morte de aproximadamente 106 mil pessoas, situação que evidencia a gravidade destes problemas que estão cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade.

De 2 de janeiro a 10 novembro do ano passado é possível verificar óbitos devido à ondas de frio, como na Índia, Rússia, EUA e Chile; e calor extremo, situação enfrentada em estados norte-americanos como Arizona, Califórnia e Nevada. Terremotos de até 8 graus na escala Richter abalaram países asiáticos como Paquistão, China, Irã e Indonésia, destruindo mais de 110 mil casas ao todo. Contudo, nada foi tão mortal quanto os furacões, ciclones, tornados e, principalmente, o supertufão Haiyan, que deixou algo em torno de 5.500 mortos e 26.136 feridos nas Filipinas.

Os vulcões Rokatenda e Mayon, respectivamente, na Indonésia e Filipinas, tiveram erupções entre maio e agosto, causando grandes nuvens de fumaça e o falecimento de 11 pessoas. Por outro lado, inundações também causaram estragos em Jacarta (Indonésia), Moçambique, Índia, Brasil (na cidade carioca de Petrópolis) e mais intensamente na Argentina, onde 54 pessoas morreram.

Alagamento no Espírito Santo
Espírito Santo. Foto: Vitor Jubini

Atualmente os desastres naturais continuam a acontecer, pois, um tremor de 5,2 graus na escala Richter foi sentido na Colômbia, e as enchentes no estado brasileiro do Espírito Santo já tiveram 27 vítimas fatais confirmadas. Embora não seja possível evitar todas as catástrofes, estes levantamentos mostram que as mudanças climáticas estão afetando as populações, ou seja, reduzir os danos à atmosfera poderia poupar vidas e recursos para investir em outros benefícios para a humanidade.