Com o crescimento e o desenvolvimento dos grandes centros urbanos, a poluição está se tornando um problema ambiental de grande dimensão. No final de setembro a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório alertando sobre a qualidade do ar no mundo.
Segundo o documento, 92% da população global reside atualmente em áreas onde os níveis da qualidade do ar passam dos limites mínimos estabelecidos pela entidade. Os dados integram um complexo relatório mundial já publicado pela organização, que indica os locais onde há perigo e má qualidade do ar.
Para obter essas informações foram tirados como base medições feitas por satélite, modelos de transporte aéreo e monitoramentos de estação terrestre de mais de 3 mil localidades rurais e urbanas. O estudo chegou a uma estimativa de que cerca de 3 milhões de pessoas morrem ao ano pela exposição à poluição externa do ar. Já a poluição interna aparentemente tem o mesmo risco, já que, em 2012, aproximadamente 6,5 milhões de mortes estavam associadas a esse problema, que desencadeava nas pessoas infartos, AVCs, câncer de pulmão e outras doenças respiratórias.
O estudo recolheu amostras do ar em mais de 3 mil lugares pelo mundo e descobriram que cerca de 90% das mortes foram registradas em países de baixa e média renda. Quem lidera o ranking dos países mais contaminados é Turcomenistão, com 108 mortes por cada 100 habitantes, depois vem Afeganistão, Egito, China e índia. O Brasil, apresentou uma média de 14 mortes a cada 100 habitantes.
Fontes de Poluição
Entre as principais fontes de poluição do ar estão incluídos modelos insuficientes de transporte, combustível doméstico e queima de resíduos, usinas de energia movidas a carvão e atividades industriais em geral, alerta a OMS.
Para a diretora do Departamento de Saúde Pública e Determinantes Ambientais e Sociais de Saúde da OMS, Maria Neira, para acabar com esse problema é preciso agir o mais rápido possível. E Maria ressaltou: “As soluções existem por meio do transporte sustentável nas cidades, da gestão de resíduos sólidos, do acesso a combustíveis domésticos limpos e fogões, bem como de energias renováveis e da redução de emissões industriais.”