O Brasil vivenciou, nas últimas décadas, uma transformação na produção madeireira. As grandes indústrias de papel, celulose, móveis e siderurgia, dentre outras, têm utilizado técnicas de silvicultura – ciência que estuda métodos naturais ou artificiais para efetuar a regeneração de florestas – para viabilizar a sua própria produção e contribuir com a preservação do meio ambiente.
A silvicultura tem um importante papel no processo de reflorestamento, atua contra a erosão, a desertificação e o enfraquecimento do solo. Tem como função cuidar da exploração e da manutenção racional das florestas, desde o pequeno agricultor às grandes indústrias madeireiras.
De acordo com o Sistema Nacional e Informações Florestais (SNIF), o Brasil detém hoje as melhores tecnologias na silvicultura do eucalipto, atingindo cerca de 60m³/ha de produtividade, em rotações de sete anos.
Dentre os benefícios da técnica, estão:
• Diminuição da pressão sobre florestas nativas;
• Reaproveitamento de terras degradadas pela agricultura;
• Sequestro de carbono;
• Proteção do solo e da água;
• Ciclos de rotação mais curtos em relação aos países com clima temperado;
• Maior homogeneidade dos produtos, facilitando a adequação de máquinas na indústria.
Além disso, a silvicultura atua no combate às pragas e no controle de incêndio para evitar a alteração do equilíbrio natural da floresta; fiscaliza a contaminação humana (uso de agrotóxicos); auxilia no corte adequado de árvores (frequência e intensidade) e na recuperação das florestas nativas, cujo objetivo é ampliar as possibilidades de manutenção dos biomas locais.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de “florestas plantadas” pulou de 33% para 77% entre os anos 1990 e 2000. Com o cerco à fiscalização e uma maior conscientização ambiental dos produtores, essa porcentagem tende a subir nos próximos anos.
Floresta brasileira
Segundo dados do IBGE, o Brasil tem a segunda maior área florestal do planeta: 516 milhões de hectares de florestas, ficando atrás apenas da Rússia. Esse total equivale a 60,7% do território nacional, que é composto por áreas destinadas a reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável, terras indígenas, áreas de proteção dos recursos hídricos e do solo, de conservação da biodiversidade em unidades de conservação federais e estaduais, de produção madeireira e não madeireira em florestas nacionais e estaduais e florestas plantadas, de proteção ambiental e áreas ocupadas com florestas.