No dia 19 de setembro, a NASA (Agência Espacial Americana), em parceria com o professor Jason West, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), divulgou o mapa mundial de mortes prematuras associadas à poluição presente atmosfera. De acordo com o gráfico, todos os grandes centros urbanos espalhados pelo globo apresentam condições perigosas à saúde da sociedade.
Países como China e Índia, que abastecem suas redes de energia a partir da utilização de combustíveis fósseis, são considerados como áreas menos seguras ao bem-estar dos pulmões. Porém, alguns estados brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro, também foram indicados por concentrarem substâncias tóxicas no ar.
Segundo o produto cartográfico, os 2,1 milhões de perecimentos ao redor do mundo são creditados especificamente a um componente: as partículas ultrafinas, também conhecidas como PM2,5. Medindo somente 0,0025 mm, os componentes resultam da queima incompleta de combustíveis fósseis, procedimento muito comum nos mecanismos de automóveis.
América do Sul, Indonésia e a região sudeste dos EUA acumulam nocivos volumes de poluentes, pois, basicamente, as metrópoles e outras localidades intensamente povoadas foram classificadas como danosas à saúde. A qualidade do ar do continente europeu registrou problemas, pois algumas nações, como a Alemanha, por exemplo, possuem matrizes energéticas à base de carvão, o que emite grande quantidade de dióxido de carbono (CO2).
O projeto da Agência Espacial Americana captou dados de mortes anuais a cada 1.000 km², contudo, apesar de ameaçadoras, informações como estas frequentemente aparecem em pesquisas científicas sobre meio ambiente e urbanismo. Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um estudo apontando que a poluição causa 29 mil óbitos anualmente no Reino Unido, isto é, um número superior ao que obesidade e alcoolismo atingem juntos.
Conforme o levantamento fornecido pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade, na capital paulista as toxinas foram responsáveis por 4.655 falecimentos em 2011, enquanto que acidentes de trânsito somaram 1.556, ou seja, está ficando difícil encontrar no mapa lugares onde respirar é seguro.