Sempre que um aparelho de barbear chega ao fim da sua vida útil, permanece a dúvida: o que acontece depois disso? Com a sustentabilidade em alta e a reciclagem se tornando uma alternativa para a redução do impacto ambiental do descarte de resíduos, outra pergunta aparece: eles podem ser reciclados? Feitos de plásticos e de lâminas de aço inoxidável, os aparelhos não tem uma vida útil tão longa e também não são tão fáceis de reciclar, já que não é tão rentável para as cooperativas.
De acordo com especialistas, existem algumas opções para viabilizar a reciclagem do produto: a primeira é montar uma unidade de pré-consumo, onde se aproveita os restos da produção. Já a segunda é ter uma unidade de pós-consumo – essa é mais difícil, visto que é preciso juntar quantidades suficientes para garantir uma linha de produção lucrativa.
No caso do plástico presente nos barbeadores, seria preciso acumular, pelo menos, de 3 a 5 mil quilos desse material por dia para alimentar uma máquina que processa de 200 a 400 quilos. O problema é que cada aparelho descartável não pesa mais que 20 gramas. Para este caso, uma saída poderia ser misturar os barbeadores com plásticos de outros produtos. No entanto, para isso, é preciso retirar as lâminas. Ainda neste contexto, uma solução para tornar o reaproveitamento dos materiais mais atrativo é disponibilizar pontos de coleta desses objetos em lojas e supermercados. Essa ideia de ter um produto de ciclo fechado, no entanto, depende de acordos setoriais.
Apesar de já estar em vigor, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que prevê a logística reversa – o recolhimento dos produtos pós-consumo para a devida reciclagem –, ainda dá passos muito pequenos no Brasil, com muitos embates entre governo e indústria.
Aparelho de barbear elétrico é alternativa
Por ser inviável ecologicamente, a melhor alternativa é trocar o descartável e utilizar barbeador elétrico, movido à bateria recarregável. Apesar do custo alto no início, esse produto tende a durar muitos anos.