O mês de setembro foi marcado por uma série de eventos naturais catastróficos, que afetaram principalmente os moradores da região sudeste da América do Norte e das ilhas caribenhas. Após furacões e tempestades gerarem grandes consequências para os países da região, os habitantes da parte Sul do México foram atingidos por uma trinca de terremotos devastadores.
Em 27 de setembro, o presidente mexicano Enrique Peña veio a público divulgar oficialmente que, segundo a apuração feita por especialistas do governo, serão necessários mais de 2,1 bilhões de dólares para reparação dos danos causados no país pela maior sequência de desastres deste tipo em 32 anos — responsáveis por mais de 430 vítimas fatais.
A grande diferença da situação do México é que, diferentemente dos furacões que atingiram a Flórida e o Caribe, não é possível prever quando acontecerão terremotos. De acordo com meteorologistas, ainda não existe no planeta qualquer tipo de tecnologia ou indícios naturais que sejam capazes de apontar que o fenômeno está prestes a acontecer, o que dificulta a preparação das pessoas e autoridades para enfrentar a situação.
Isto acontece, de acordo com os cientistas, porque não existe qualquer tipo de acontecimento que possa ser identificado ou correlacionado com a formação de terremotos. Mesmo com os amplos estudos realizados a respeito das placas tectônicas, o simples fato de que essas regiões podem ser atingidas por pequenos abalos sísmicos não implica necessariamente que um terremoto mais forte vá acontecer algum dia.
Por outro lado, quando se fala em tempestades tropicais, uma série de estudos de probabilidades podem ser analisadas, capacitando a projeção da intensidade do fenômeno e sua trajetória. No que diz respeito aos terremotos, os especialistas acreditam que dificilmente algum tipo de tecnologia conseguirá levantar este tipo de informação, restando apenas buscar novos mecanismos para informar e alertar os moradores da região para que tenham cuidado.
Ainda assim, diversas instituições espalhadas pelo planeta mantêm recursos voltados para o estudo e levantamento de informações sobre os terremotos. Há quem diga que, daqui alguns anos, uma solução possa ser encontrada quando mais a ciência descobrir mais detalhes sobre o evento.