Artigo publicado mostra relação entre aquecimento global e desastres naturais causados por mudanças climáticas nas taxas de doenças e mortes de crianças

As mudanças climáticas são complicadas, tem quem não acredite, tem quem acredite e, de acordo com o estudo publicado no periódico Pediatrics, o aquecimento global e os desastres subsequentes são responsável por 88% das doenças em crianças.

Aquecimento global é um risco à longo prazo para a saúde infantil

Tirando o fato óbvio das consequências de furacões como Katrina, Harvey e Irma e dos fardos oriundos, focando na saúde das crianças o problema se torna de longo prazo. O aumento de enfermidades causadas por malária, zika, água poluída e cheia de vírus e bactérias, torna a saúde infantil mais frágil.

Enquanto os adultos tendem, de acordo com os especialistas, a tornarem-se mais resilientes, os mais novos geralmente adoecem e morrem, principalmente em países em desenvolvimento. Focando no Brasil, a microcefalia causada pelo Zika Vírus não tem cura e entra na estatística dos 88%.

Dra. Mona Sarfaty, diretora do programa de clima e saúde na Universidade George Mason, esclarece que as crianças são as que mais sofrem com o aquecimento global por gastarem mais tempo fora de casa (brincando na rua, por exemplo. Lembrando que é uma parcela da população pobre e em países emergentes). Os jovens também são mais sensíveis à poluição oriunda de combustíveis fósseis, pois seus pulmões ainda estão em desenvolvimento.

Porém…

A discussão sobre deixar ou não as crianças brincarem na rua, se sujarem na terra e afins é longa e não é de hoje. Porém, extremismos tampouco são saudáveis. Devemos zelar pela saúde das crianças sim, sem a superproteção: uma linha bem fina a se caminhar. A mensagem principal é: o aquecimento global influencia em mais um dado, unindo-se a tantos outros já coletados. Este é mais um motivo para cuidarmos do meio ambiente, fazendo o possível para que este problema acabe e o planeta se regenere.