Em 1992, o designer inglês Martin Hill, começou a se preocupar com o crescimento do consumo de produtos que acarretam danos ao meio ambiente, devido aos seus componentes insustentáveis. Notando que, em muitas vezes, os itens prejudicam a natureza por causa dos processos de criação, formulação e montagem, Martin decidiu alertar ao mundo sobre a importância do investimento em materiais de baixo impacto ambiental de uma forma peculiar, isto é, utilizando esculturas.
Basicamente, as obras têm formato de semicírculo ou círculo e interagem com luzes, sombras e superfícies aquáticas, a fim de aproveitar o efeito de espelho. “Minhas esculturas são uma resposta à natureza, é a partir dela que as peças são feitas e para onde retornam”, explica Martin. Sendo assim, o designer “brinca” com os reflexos para mostrar que a natureza é composta de processos cíclicos, assim como, da mesma forma, podem ser as atividades humanas.
“A forma das esculturas expressa metaforicamente a nossa preocupação com a interligação de todos os sistemas vivos”, conta o artista. Inspirado pelo natural “ciclo da vida”, Martin considera essencial que a humanidade se aplique no “redesign” de comportamentos, produtos e práticas, apoiando a ecologia industrial e a sustentabilidade, num processo cíclico no qual os recursos são usados e reutilizados.
Grande incentivador da criação de novos itens que possibilitem a redução dos danos ao meio ambiente, Martin pede que fontes de energia limpa sejam desenvolvidas e disponibilizadas à população, e que os índices de substâncias químicas nos produtos diminuam cada vez mais.
Martin Hill também atua como fotógrafo e divulga as imagens de suas obras em revistas e galerias de arte de diversas partes do mundo desde 1995. Além disso, o britânico aponta que, para minimizar os problemas ambientais, as necessidades e produções do homem devem estar sempre em sintonia com a natureza, o que ocorre em suas esculturas.