A flora é parte crucial para o equilíbrio ecológico da Terra, além de grande provedora de alimento. Entre 60 mil e 100 mil espécies de plantas estão ameaçadas de extinção em todo o planeta, situação esta, causada em boa parte pelo desmatamento de florestas e as mudanças climáticas fruto de ações humanas.
Deste modo, passa a ser muito importante que sejam desenvolvidos projetos de preservação das plantas. Uma opção bastante difundida são os bancos de sementes, onde são guardados exemplares das mais variadas espécies de vegetais. Estas “sementotecas” trabalham em conjunto com vários jardins botânicos que fornecem os exemplares para serem guardados e utilizados em caso de alguma eventualidade.
Quando as sementes chegam, elas são registradas e analisadas quanto às suas características físicas e fisiológicas. Logo após, são levadas para um procedimento de secagem até que seu teor de água fique abaixo de 5%. Por último, são colocadas em embalagens herméticas e levadas a um tipo de freezer com temperaturas subzero, onde são armazenadas.
Os benefícios do banco de sementes para a preservação de plantas em extinção são vários, entre os quais se destacam o baixo custo e pequena demanda de espaço comparada com jardins botânicos, o longo período pelo qual as sementes podem ficar armazenadas, a maior diversidade genética que este tipo de prática propicia em relação a coleções vivas, além do pouco impacto que a coleta de sementes causa em populações de espécies em extinção da flora.
Bancos de sementes não vendem ou fazem doações de sementes. A ideia é justamente guardar exemplares da flora para casos extremos, como extinção de espécies, perdas por geadas, incêndios ou degradação ambiental. Assim, são feitos intercâmbios entre os próprios bancos de várias regiões do mundo e instituições de ensino, com o objetivo de estudar as plantas.