Criar mecanismos para tratamento de efluentes, fazer o tratamento do lixo, ter plantações mais resistentes a doenças são alguns dos benefícios que a biotecnologia traz para o meio ambiente e para nós, seres humanos. Esta é uma ciência multidisciplinar que dialoga com outras áreas, tais como biologia, química e engenharia.
A biotecnologia pode ser aplicada na pecuária (inseminação artificial), na agricultura (adubos compostos), na saúde (vacinas, antibióticos), etc. Ela estuda e executa técnicas destinadas a criar organismos geneticamente alterados para a melhoria da produção (alimentos transgênicos). No meio ambiente, contribui com a aplicação de diferentes técnicas biológicas para prevenção ou solução de problemas relacionados a contaminações, por exemplo.
Na agroenergia, a biotecnologia trouxe os biocombustíveis que hoje representam cerca de 1% da matriz mundial de transportes. Estados Unidos, China e Alemanha são os maiores produtores. Já o etanol, que é produzido pela fermentação de açúcares, é o principal combustível de origem renovável em uso no mundo. Esse processo pode ser feito por leveduras transgênicas, capazes de transformar o açúcar em diferentes produtos com propriedades derivadas do petróleo, mas com as vantagens dos biocombustíveis.
A biorremediação também é descendente da biotecnologia. Ela consiste em recuperar o solo contaminado por meio de enzimas ou microorganismos (bactérias, fungos, leveduras, etc). É um processo seguro e eficiente, capaz de deixar as substâncias contaminadas com pouca ou nenhuma toxicidade. Dois exemplos de aplicação são nos lixões e aterros sanitários.
A potencialidade da biotecnologia é muito grande. Graças a ela temos processos industriais e agrícolas menos poluentes, centenas de testes e diagnósticos, plásticos biodegradáveis e diversas técnicas de descontaminação do solo e da água.