O vegetarianismo é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de carnes e seus alimentos derivados, baseado no consumo de alimentos de origem vegetal, em alguns casos com menor consumo de laticínios e ovos. Este regime pode ser uma necessidade frente à possibilidade de racionamento de alimentos no futuro, de acordo com relatórios discutidos na Semana Mundial da Água de 2013, na Suécia.
A base alimentar do vegetarianismo consiste em alimentos de nível inferior da cadeia alimentar – legumes, verduras, frutos e grãos – que são incomparavelmente mais baratos que as carnes; e muitos dos alimentos consumidos nas dietas vegetarianas são produzidos pelos próprios consumidores, como o tofu (conhecido como queijo de soja) e o seitan (ou carne de glúten).
A transição para uma dieta com restrição de carne pode ser difícil para algumas pessoas que vêm de uma dieta onívora – expressão correta para descrever as pessoas que não são adeptas à dieta vegetariana –, porém os benefícios à saúde humana e a mudança positiva no estilo de vida são impactantes. Dietas vegetarianas normalmente são ricas em proteína, carboidratos, fibras, magnésio, potássio, antioxidantes e apresentam baixa ingestão de gordura saturada.
O vegetarianismo e o meio ambiente estão fundamentalmente ligados, já que os adeptos a essa filosofia têm o seu estilo de vida alterado, pois leva as pessoas a respeitarem os seres vivos de qualquer espécie, evitando causa-los sofrimento. Os benefícios do vegetarianismo incluem a racionalização no uso dos recursos naturais na obtenção de alimentos e na preservação da vida dos animais.
As dietas alimentares baseadas em produtos animais são responsáveis direta e indiretamente por uma série de problemas ambientais, como desmatamento, erosão do solo e desertificação, escassez de água, poluição dos oceanos, além da forte contribuição para o efeito estufa.
Na América Latina, as fazendas de gado são a principal causa do corte de árvores e plantas nativas. O solo também acaba sendo prejudicado indiretamente com a retirada da vegetação e compactação da terra. Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) estimam que seja gasto 16 vezes mais água para produzir 1 libra (o equivalente a 0,453 kg) de proteína de carne comparada à proteína vegetal. A água é utilizada na irrigação dos grãos para ração, dessedentação dos animais, higienização das instalações e retirada de dejetos.
Cientistas americanos estimam que mais 500 milhões de toneladas de metano são liberadas a cada ano na criação de gado, e que a criação de outros ruminantes produzem aproximadamente 60 milhões de toneladas de metano em todo o mundo, o equivalente a 12% do total de todas as fontes de emissão.