Estimulam-se que no setor da aviação civil, até em 2050 será responsável por um quinto da emissão global de CO2.
No negócio mundial, apenas em 2016, foram registrados 3.8 bilhões de novos passageiros, e segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, este número pode chegar a 7.2 bilhões em 2035.
De acordo com Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), houve um crescimento de 4,3% somente no primeiro trimestre deste ano para voos domésticos, comparado a 2018. A procura pelo serviço aéreo está ligado diretamente com o crescimento da população global, refletindo em preços mais acessíveis nas passagens aéreas.
Colaboração dos passageiros para conscientização
A associação suíça sem fins lucrativos denominada Grupo de Ação de Transporte Aéreo, relata que a indústria da aviação produz 2% de todas as emissões de gás carbônico. Dentro do setor de transporte, o meio rodoviário totaliza 74%, perfazendo os 12% sendo responsabilizados pela aviação civil.
Com a demanda em alta, a rede que opera visando obter novos investidores para combater o desmatamento ilegal, a Agência IDEIA Big Data realizou uma pesquisa para Aliança REDD+, rede de organizações brasileiras. Elaborado através de entrevistas de 800 passageiros de voos internacionais no período de 01/04/2019 à 10/04/2019, o levantamento constatou que grande parte dos brasileiros estão disposto a pagar por uma tarifa maior, caso o valor acrescentado fosse revertido na compensação da emissão do carbônico causado pela viagem.
Números da pesquisa realizada confirmam que:
- 89% dos interrogados afirmam não terem conhecimento de companhias operantes na conscientização com recursos para redução/compensação de emissão de carbono;
- 75% reconhecem que priorizam utilizar companhias que possuem cautelas focadas na redução da emissão de carbono, é um fator importante;
- 68% dos entrevistados demostraram estar de acordo a pagar o valor de R$5 e R$8 à mais, caso soubessem que o valor do bilhete fosse revertido para redução/compensação da emissão de carbono em sua viagem;
- 52% não arbitraram sobre afirmativa de que companhias aéreas estão danificando o meio ambiente;
- 18% não se sentem predisposto a contribuir a mais por isso.
Segundo informações da Anac, no final de 2018, a agência passou a monitorar e verificar o volume anual de emissões de dióxido de carbono (CO2) proveniente do transporte aéreo internacional dos operadores aéreos brasileiros para envio dos dados à Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) no ano vigente. Ainda de acordo com agência, o país começa a preparar o caminho para adoção do Mecanismo de Redução e Compensação das Emissões de Carbono da Aviação Internacional (Corsia), que tem a finalidade ambiental a partir de 2021.
Segundo o gerente de Mudanças Climáticas do Idesam, Pedro Soares, “Se a aviação civil internacional fosse um país, já estaria entre os 10 maiores emissores do planeta. É urgente atacar essa questão de forma imediata”.