Neste último dia 20, o governo de Buenos Aires veio a público confirmar o fechamento do zoológico da cidade, que estava ativo desde 1875. O anúncio da decisão foi feito após à capital argentina concluir que o local não tinha mais a menor condição de hospedar os animais, destacando, inclusive, o estado crítico de alguns deles.
“Hoje, apontamos a uma sociedade que valoriza a sustentabilidade, que prioriza o meio ambiente e este espaço não é a melhor maneira”, disse Horacio Rodríguez Larreta, chefe do governo de Buenos Aires, durante o evento que confirmou o encerramento das atividades do zoológico.
A princípio, o zoológico do bairro de Palermo ficará fechado até dia 18 de julho, quando o local reabrirá como um eco parque e arrecadará fundos com o objetivo de transformar o espaço de 18 hectares e bancar a transferência dos 2400 animais que vivem em suas dependências. A ideia do eco parque é fazer com que o zoológico se torne um lugar voltado para promoção da educação ambiental.
A ideia, pelo menos por momento, é de que os animais sejam levados para a reserva natural da cidade, onde receberão os primeiros tratamentos e poderão seguir para instalações mais adequadas. “Estamos falando também com outras reservas do país e do exterior e com santuários nacionais e internacionais”, disse o ministro de Modernização, Inovação Tecnologia, Andy Freire, destacando a possibilidade de transferir os animais para outros países.
Importante ressaltar que a situação enfrentada pelos animais do zoológico de Palermo ganhou repercussão ainda em 2014, quando a Afada (Associação de Funcionários e Advogados pelos Direitos dos Animais) conseguiu na justiça um “Habeas Corpus” que reconhecesse os direitos de um orangotango como “sujeito não humano”. Na ocasião, Sandra (o animal) vivia em más condições dentro do zoológico, quando a Afada pediu por sua libertação de espaço.