Ainda na época do Império, a região que hoje ocupa a Floresta da Tijuca era devastada pelo intensivo uso do solo pela agricultura. Vendo a situação do local, Dom Pedro II ordenou, em 1862, o reflorestamento da área que hoje ocupa a floresta. Mais de cem mil mudas foram plantadas no local durante 13 anos.
Embora o reflorestamento tenha sido de extrema importância, a lembrar que hoje a Floresta da Tijuca é a maior floresta urbana do mundo, ela acabou por se configurar em uma “floresta vazia”, já que as espécies animais que existiam há muito tempo no local não foram realocadas. Uma dessas espécies era a dos macacos Bugios.
Agora, um grupo de biólogos da UFRJ começa um movimento para que a vida animal volte a se desenvolver no parque. Em 2009, 11 cutias foram introduzidas ao habitat e logo se acomodaram na região que já conta com 45 indivíduos desta espécie. Depois das cutias chegou a vez dos bugios. Chico, Kala, Hanuman e Maia já se encontram no novo endereço e parecem estar em boa fase de adaptação.
Fernando Fernandez, biólogo da UFRJ, explicou ao jornal Diário da Manhã que é preciso cautela ao se introduzir animais a esse tipo de parque, para que não haja um desequilíbrio nas comunidades. Os animais reintroduzidos na Tijuca têm chips ou coleiras eletrônicas que permitem acompanhar sua localização e ajudam nesse controle feito pelos especialistas.
Os próximos animais na lista para habitar o parque são o ju-pará, o gato-do-mato e a preguiça-de-coleira. Para que esses animais fossem escolhidos, os responsáveis adotaram critérios como ser nativos da região, ter população em cativeiros que pudessem passar pela reinserção, possuir função ecológica e até mesmo ser carismático e facilmente assimilável pela população local.