A caça de baleias é um hábito antigo da humanidade. O povo indígena Yámana, que habitou o extremo sul da América há 15 mil anos, utilizava as baleias na produção de óleos que mantinham seus corpos protegido para o extremo inverno, além de armazenar a carne e utilizar algumas partes do corpo para construção de suas casas. Com a chegada dos europeus nos anos 1500, a caça às baleias teve um aumento muito expressivo, causando ausência desses animais na região, prejudicando este povo, que sofre com a ameaça de extinção, contando com apenas 500 indivíduos.
Esse é apenas um exemplo de desequilíbrio ambiental causado pela caça predatória das baleias durante muito tempo, que foi proibida em 1986, pela Comissão Internacional da Baleia (CIB, órgão responsável pelo controle da caça). A CIB regulamenta a indústria e atua na preservação das populações de baleias e implementou a proibição porque algumas espécies estavam em risco de extinção.
Porém, alguns países não sofreram essa proibição, são eles: Noruega, Islândia e Japão. Os dois primeiros conseguiram embargar a proibição e são autorizadas a caçar baleias comercialmente (baleação). Já o Japão caça sob o pretexto de pesquisa científica.
A Noruega permite que 1.052 baleias minke sejam caçadas comercialmente pela sua carne a cada ano. O país já matou mais de 8.100 baleias desde que a proibição da CIB começou. O Japão mata 1.415 baleias grandes de seis espécies diferentes a cada ano para “pesquisa científica”. Estes são dados de 2008 divulgados pela CIB, que condena a prática japonesa por considerá-la desnecessária, convocando o país a interromper suas caças em mais de 20 resoluções.
As baleias são os maiores mamíferos do mundo e vivem viajando por águas geladas. Mas para se reproduzirem, elas migram para águas mais quentes. Ou seja, se elas não conseguirem alcançar os mares mais quentes por terem sido capturadas, elas não chegam nem a dar luz aos filhotes, acelerando, assim, o processo de extinção. Com poucos indivíduos é extremamente difícil a espécie conseguir se manter ativa.
As baleias se alimentam de grandes quantidades de crustáceos e outros organismos marinhos pequenos. Sua extinção pode provocar superpopulação das suas presas e causar a extinção de outras espécies marinhas.
De acordo com o Instituto de Ciência Biológicas (ICB), três exemplares adultos e 113 filhotes morreram no ano passado, quase o dobro do reportado em 2011, quando morreram 61 exemplares. Dados sobre a população das espécies são imprecisos até pela CIB, que acabam modificando as estimativas durante os anos tanto para mais quanto para menos.