Problema que infelizmente persiste em pleno século XXI, o desmatamento parece não ter fim ao redor do mundo… Inclusive no Brasil. Não é de hoje que autoridades governamentais, ONGs e até mesmo celebridades alertam sobre os perigos de destruir territórios nativos em busca de madeira ou áreas para agricultura e pecuária. A situação é tão grave que o desmatamento leva à extinção de milhares de espécies vegetais e animais que estão ameaçadas há décadas ou que nem chegamos a conhecer e pesquisar.
No território brasileiro, por exemplo, mesmo com o avanço em políticas de proteção ambiental nos últimos anos, o desmatamento ainda está longe do fim. Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país apresenta a maior perda florestal de todo o planeta, cerca de 4.800 quilômetros de área desmatada por ano (levantamento de 2014). Se multiplicarmos por quatro anos seguidos com este nível de desmatamento, vamos chegar a uma área equivalente ao território de Israel.
“O crescimento econômico e urbano e a expansão agrícola e de infraestrutura também aumentaram o consumo de energia, o uso de recursos naturais e as pressões ambientais”, aponta o relatório da OCDE, que também alerta sobre a distância que há entre a aprovação de leis ambientais e a verdadeira aplicação destas em áreas de risco.
“Apesar da severa legislação ambiental, ainda há muitas lacunas na sua execução e cumprimento. No atual cenário de uma economia encolhendo, uma melhor integração dos objetivos ambientais e das políticas econômicas e setoriais ajudaria o Brasil a avançar no sentido de um desenvolvimento mais verde e mais sustentável”, conclui o relatório.
Situação melhorou nos últimos anos
Mesmo com um nível de desmatamento alarmante anualmente, a biodiversidade brasileira já viveu dias piores. Em 2004, por exemplo, o país perdeu 27 mil quilômetros quadrados de árvores em suas florestas. Neste ponto vale ressaltar que o Brasil é a nação que mais oferece energia renovável entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e já reduziu além da meta estabelecida de emissões de gases poluentes até 2020.
Outro detalhe importante é que o Brasil tem papel fundamental na questão ambiental global, já que possui 12% de toda a água doce do mundo. Por isso, o país está no centro das discussões que serão abordadas em dezembro, em Paris, sobre os próximos passos das nações em busca de um equilíbrio ambiental.