A chuva ácida é um fenômeno muito comum em centros urbanos e industrializados. É gerada pela liberação de poluentes no ar, como óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e do dióxido de enxofre (SO2), além da queima do carvão mineral e de outros combustíveis fósseis. Esses poluentes reagem com o vapor d’água e se transformam em ácidos que caem na terra junto com a chuva, neblina ou nevoeiro.
O termo “chuva ácida” origina-se do inglês e foi Robert Angus Smith, em 1872, que percebeu que após a Revolução Industrial as chuvas tornaram-se ácidas. Com um pH de 5 ou menos, ela é composta de diversos ácidos que quando caem na forma de chuva provocam danos ao solo, à natureza, às construções, carros e outros. Em excesso, pode causar extinção de animais e até vegetais, polui rios, fonte de águas e prejudica o ser humano com doenças pulmonares, por exemplo.
Para o solo, a chuva ácida torna-o improdutivo, sujeito à erosão, o que acaba com florestas, destrói lavouras e dificulta plantações. Para os homens, o excesso de dióxido de enxofre no corpo origina a formação de ácidos, o que pode causar danos irreversíveis aos pulmões.
A chuva ácida extingue os seres vivos que vivem nas águas, já que a maioria vive com um ph quase neutro. O plâncton, peixes, moluscos, rãs e diversos outros animais são afetados por esse fenômeno.
No campo das construções, vale destacar que o fenômeno corrói diversos materiais de prédios, estátuas, monumentos, degraus de escadarias, pisos e até carros. Podemos citar como monumentos históricos que foram detectados com degradação devido à chuva ácida: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colônia, na Alemanha.
Este problema tem sido amplamente encontrado em países industrializados, em destaque para os que estão em desenvolvimento, como Brasil, Rússia, China, México e Índia, já que a indústria nesses países tem crescido bastante, porém, de forma desregulada. Apesar da concentração nessas nações, de acordo com levantamento do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), aproximadamente 35% dos ecossistemas do continente europeu foi destruído pela chuva ácida.
Em 1995 foi criado o ARP (Acid Rain Program – Programa de Chuva Ácida), uma iniciativa dos Estados Unidos para tentar reduzir os níveis globais de SO2 e NOx, impondo limites às indústrias de energia para reduzir as emissões destes gases.
Há diversas medidas que podem ser tomadas para reduzir a chuva ácida, estas se resumem basicamente na diminuição da emissão dos gases na atmosfera, que pode ser desde o incentivo a menor utilização de carros, já que estes emitem CO2, até a utilização de combustíveis limpos. Em alguns países, como os Estados Unidos, indústrias já utilizam o sistema de dessulfuração de gás de fumeiro, que retira o enxofre das chaminés das fábricas.