O fenômeno conhecido como smog tem dominado pelo menos 58 províncias da China, expondo a população a altas taxas de poluição atmosférica e, consequentemente, a doenças respiratórias e cardíacas. Diante deste cenário, Li Guixin, morador de Shijiazhuang, sabe que corre risco de morte a cada dia passado no território asiático e, por isso, decidiu processar o governo do país por não reduzir o índice de toxinas presentes no ar.
Habitante da capital de Hebei, Li Guixin entrou com uma ação em um tribunal distrital pedindo que a Agência Municipal de Proteção Ambiental de Shijiazhuang cumpra o seu dever de controlar a qualidade do ar, como prevê a legislação. Enquanto isso, o Ministério de Meio Ambiente da China afirmou que envia inspetores à Hebei e Pequim para examinarem fábricas de carvão, vidro e cimento, isto é, alguns dos empreendimentos mais tóxicos.
No dia 21 de fevereiro, o alerta de poluição chegou a seu segundo nível mais alto, o que obrigou as indústrias a diminuírem suas produções. Além disso, caminhões pulverizaram água nas ruas para umidificar a atmosfera, a realização de churrascos foi proibida por causa da fumaça, assim como o lançamento de fogos de artifício. É importante ressaltar que todas estas medidas foram tomadas para evitar o “arpocalípse chinês”.