A dúvida que paira na mente dos ambientalistas ainda é: as florestas na Amazônia serão resistentes ao aquecimento global, às secas e ao excesso de poluentes? Para testar o quanto estes efeitos afetam este ecossistema, cientistas da Universidade Estadual de São Paulo junto a mais 14 centros de Pesquisa desenvolveram pesquisas no local.
O experimento denominado Amazon Face, começou com em maio com a fase a qual mediu árvores em uma região de mata localizada a 60 km ao norte de Manaus. Após esta etapa, dára início ao bombeamento de CO2 permanente em alguns pontos da floresta.
O projeto, segundo os especialistas, será a primeira experiência do tipo realizada num ecossistema tropical e a primeira fase está estimada para começar em 2015 durando até 2017. Depois da ampliação, o sistema pode operar até 2027.
No caso, as árvores estariam sob alta concentração de gás carbônico e sua capacidade de fotossíntese seria intensificada, o que compensaria o déficit de crescimento e morte provocados pela seca. Para bombear o CO2 sobre as plantas e vegetais, serão erguidas torres conectadas a um tanque de gás carbono líquido.
Enquanto a experiência durar, a concentração do gás carbônico será 200 ppm (partes por milhão) maior que a natural.
Na fase inicial do projeto, o CO2 usado em condição líquida será comprado de um fornecedor que abastece fábricas de refrigerante em Manaus (AM). Já para a fase final, os pesquisadores pretendem receber auxílio da Petrobrás que forneceria o gás natural necessário à produção de CO2 líquido.
Para saber qual será o resultado da “fertilização de CO2” e se este procedimento aliviará a seca e o aumento da temperatura, será preciso testar modelos que permitirão comparar os efeitos distintos causados pelo aquecimento global.
De acordo com Richard Norby, do Laboratório Nacional de Oak Ridge (EUA), colaborador do experimento, se a equipe tiver sorte, pode ocorrer uma grande seca na Amazônia durante os testes o que pode permitir uma comparação mais precisa.