Lixão
Foto: blogsemdestino

A população brasileira cresceu 9,65% nos últimos dez anos, o que resultou no aumento do número de lixo produzido. Em 2012 foram 64 milhões de toneladas de lixo, dos quais 24 milhões não tiveram descarte adequado.

O número, apesar de gritante não é surpresa. Isso porque uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) revelou que 3 mil cidades brasileiras ainda não dão o destino certo aos resíduos. Para garantir uma proteção ao meio ambiente mais eficiente, as cidades se preparam com aterros sanitários.

Espaço destinado ao descarte final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana, os aterros possuem um solo preparado para que não haja contaminação das áreas do entorno e monitora as emissões de gases provenientes da decomposição dos resíduos. O lixo é coberto com uma camada de terra e impermeabilizado. Dessa forma, ele não sofre muita decomposição e não emite odores muito fortes.

Os aterros sanitários são compostos por setores: de preparação, execução e conclusão. No primeiro acontece a impermeabilização e o nivelamento do terreno. No setor de execução os resíduos são separados de acordo com suas características e depositados separadamente. O lixo, então, é depositado em uma área. Quando a capacidade de disposição de resíduos em um setor do aterro é atingida, a área é revegetada, com os resíduos sendo então depositados em outro setor.

Aterro
Aterro – Foto: alagoas24horas

Existem normas que regulam a implantação dos aterros sanitários com mantas impermeabilizantes que evitem a infiltração de agentes contaminantes. O regulamento prevê também a retirada de líquido por sistemas de drenagem eficiente e o reaproveitamento dos gases liberados – o gás emitido durante a decomposição em um aterro é chamado de biogás, composto, principalmente, por dióxido de carbono e metano e pode ser aproveitado como combustível ou transformado em energia elétrica.

Cuidado!

Apesar de ser menos degradante, existem aterros irregulares onde o lixo depositado fica a céu aberto, prejudicando a sociedade e o meio ambiente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% do lixo chega aos aterros oficiais. No entanto, somente 11% funcionam de forma adequada.

Compostagem
Usina de Compostagem – Foto: laj2006

Além disso, normalmente, os resíduos depositados em aterros são os que não podem ser reciclados. No entanto, como a cultura da coleta seletiva ainda não está completamente inserida na sociedade, plásticos, vidros, metais e papéis ainda podem ser encontrados no local.

Nesse sentido, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com a Ação Resíduos Sólidos da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e outros órgãos, está implantando projetos de ampliação e melhoria do sistema de coleta em todos os estados brasileiros. O objetivo é acabar com os lixões e melhorar a qualidade ambiental.

Há também outros sistemas de tratamento do lixo no Brasil, como unidades de compostagem/reciclagem, usinas de incineração, unidades de autoclavagem, microondas e outras.