Logo após a Segunda Guerra Mundial, coincidindo com o período de fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), pensadores e cientistas do mundo todo iniciaram um movimento que mesclava a preocupação ambiental com ideais de desenvolvimento. Depois do lançamento, em 1962, do livro Primavera Silenciosa, da renomada bióloga e zoóloga Rachel Carson, que descrevia os efeitos dos pesticidas e poluição ao ambiente natural, o movimento ambientalista tomou forma.
(Clube de Roma) Em 1968 foi fundado o Clube Roma, um grupo que debatia sobre economia, sociedade, política e meio ambiente, conceituando pela primeira vez o Desenvolvimento Sustentável, que foi reconhecido pela primeira vez na publicação de um relatório denominado “Os limites do crescimento”, de 1972.
Durante a década de 1970 os movimentos ambientalistas se estabeleceram, pressionando os governantes mundiais sobre as consequências do modelo econômico vigente. Estudos sobre os impactos ambientais causados pelo homem levaram a ONU a realizar a primeira grande convenção internacional em prol do meio ambiente, a Conferência das Nações Unidas Sobre o Ambiente Humano, que se realizou em Estocolmo, na Suécia, em 1972.
Iniciaram-se então uma série de outras conferências para estabelecer metas mundiais de desenvolvimento sustentável diante das pesquisas científicas que apontavam previsões catastróficas para a humanidade e o meio ambiente caso os modelos de crescimento econômico não se alterassem.
Principais Conferências Internacionais para o Desenvolvimento Sustentável
● 1972 – Conferência das Nações Unidas Sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo, Suécia;
● 1985 – Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio, em Viena, Áustria;
● 1987 – Protocolo de Montreal, em Montreal, Canadá;
● 1992 – Conferência das Nações Unidas Sobre o Ambiente e Desenvolvimento, também chamada de ECO92 ou RIO92, ocorreu no Rio de Janeiro, Brasil;
● 1996 – Conferência das Nações Unidas, em Istambul, Turquia;
● 1997 – Protocolo de Kyoto, em Kyoto, Japão;
● 2012 – Conferência das Nações Unidas Sobre o Desenvolvimento Sustentável, também chamada de RIO+20, novamente no Rio de Janeiro, Brasil.
Estas foram às conferências mais importantes promovidas pela ONU em prol do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável das nações.
Foi durante a Conferência de Montreal, em 1987, que a ex-ministra norueguesa, Gro Harlem Brundtland lançou um documento intitulado Our Common Future (Nosso Futuro Comum), também conhecido como “Relatório Brundtland”. O documento, elaborado pela Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, introduziu pela primeira vez o termo desenvolvimento sustentável, segundo o qual ditava que o desenvolvimento deve responder as necessidades das presentes gerações sem comprometer a capacidade das futuras em satisfazer as suas.
Foi este relatório que veio a culminar na “Cúpula da Terra” ou RIO92, em que se propôs a Agenda 21, um documento detalhado sobre as ações que deveriam ser realizadas para garantir o desenvolvimento sustentável do planeta. Dentre as determinações da Agenda 21 encontram-se: Proteção atmosférica e os recursos hídricos; combate ao desmatamento, perda de nutrientes do solo e desertificação; preservação da biodiversidade e gestão segura dos resíduos tóxicos.
Após a criação da Agenda 21, que incluía não somente os aspectos ambientais da sustentabilidade, mas aspectos sociais e econômicos, foi realizado em Nova York, em 1999, a Cúpula do Milênio, na qual a ONU definiu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM.
A sétima meta ODM refere-se à Sustentabilidade Ambiental e propõe:
● Reverter à perda dos recursos naturais integrando os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais;
● Diminuir a perda da biodiversidade;
● Oferecer, para pelo menos a metade da população mundial, até 2015, o acesso à água potável e saneamento básico, uma das maiores causas de doenças em países subdesenvolvidos;
● Melhorar qualidade de vida, até 2020, de mais de 100 milhões de moradores de favelas.
Entende-se por sustentabilidade ambiental a capacidade que o meio ambiente tem de prover condições de vida favoráveis às pessoas e aos demais seres vivos, tanto no presente, como nas gerações futuras. Para garantir o desenvolvimento sustentável não basta apenas preservar o meio ambiente, é necessário haver crescimento econômico consciente e a promoção humana, através da sustentabilidade econômica e social, que juntamente com a sustentabilidade ambiental compõe o ideal sistêmico que denominamos sustentabilidade.