No Carnaval, a alegria e os confetes tomam as ruas das cidades, mas os pequeninos papéis coloridos podem entupir os bueiros e trazer sérios problemas, principalmente quando chove. Isso não acontece se ele for natural.
Mas, como seria isso? Utilizando folhas secas para produzir, você mesmo, esse item essencial para completar a folia!
Para isso, basta juntar folhas e/ou pétalas de flores secas que encontrar caídas nas ruas ou jardins e fazer bolinhas utilizando um furador de papel. Guarde em um pote com tampa, leve-o para a festa e pronto: a diversão está garantida!
Os confetes na versão de papel, embora muitas vezes sejam feitos com material reciclado, demoram a se decompor na natureza quando descartados de qualquer maneira e envolvem a utilização de corantes que podem agredir o meio ambiente. Já os naturais, além de não trazerem nenhum impacto ambiental, dão um toque especial à festa.
Lançador de confete
Para tornar a celebração ainda mais divertida, que tal fazer um lançador de confete artesanal e sustentável?
Você vai precisar de rolo de papel higiênico, bexigas, papel decorativo (pode reaproveitar jornais e revistas), cola e tesoura.
Primeiro, corte a parte fechada da bexiga e dê um nó na outra ponta. Cubra um lado do rolo de papel higiênico com a bexiga (5 cm está bom). Meça o papel decorativo para cobrir toda a circunferência do rolo. O tamanho tem que ser exato para que não fique papel sobrando nas bordas.
Cubra a parte de dentro do papel com cola e cole em volta do rolo. Certifique-se de que ele prenda bem a bexiga. Então, encha-o de confete sustentável, puxe a ponta da bexiga, solte e pronto: é só festa!
História do confete
E como surgiu esse item indispensável na folia? O confete já era usado na metade do século 19 nos bailes de máscara em vários países da Europa. Eles apareceram pela primeira vez no Carnaval da Itália, na forma de confeitos de açúcar. Em 1851, em Nice, na França, surgiram os buquês de flores e os grãos, como feijão e grão-de-bico, cobertos ou não de açúcar e gesso.
Em 1892, em Paris, surgiram os confetes de papel em formato redondo, como conhecemos hoje. Em 1893, também em Paris, surgiu a serpentina, para fazer companhia ao confete. Histórias dão conta de que as serpentinas surgiram dos rolos de fita azulada dos telégrafos da época. No final das transmissões, as tiras de papel enroladas não serviam para mais nada e acabavam sendo usadas como serpentinas pelas telegrafistas, que as lançavam umas sobre as outras.
Já no Brasil…
Por aqui, os confetes de açúcar também foram utilizados nos primeiros bailes de máscaras, mas, por volta da década de 1890, foram substituídos por papel picado.
O confete chegou ao Rio de Janeiro junto com o costume dos corsos, como eram chamados os carros decorados (também importados da tradição europeia). Esses veículos desfilavam carregados de foliões.
Nos primeiros tempos do nosso Carnaval, as brincadeiras eram inspiradas no entrudo, uma folia herdada de Portugal que envolvia guerra de ovos, água suja, lama, frutas podres e até urina. Nesse sentido, as batalhas de confetes eram muito mais limpas e inofensivas.