Mamífero semiaquático e de hábito noturno, o ornitorrinco é um animal monotípica, que não conta com subespécies ou variedades reconhecidas. Por ter características atípicas – conta com diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, por exemplo –, o animal chama a atenção de especialistas e de leigos.
Nativo da Austrália, os ornitorrincos se destacam desde os primórdios. Isso porque, há uma lenda no país de que os aborígenes australianos acreditavam que a espécie era um hibrido de pato com um rato-d’água.
O sucesso do animal na região é tanto que, em 2000, quando houve os Jogos Olímpicos de Sydney, ele foi escolhido como um dos três mascotes.
Dentre as particularidades do animal está o fato de que as fêmeas botam ovos, e como se sabe, é incomum os mamíferos colocarem ovos. Além disso, elas não tem mamas, mas ainda assim podem alimentar os filhotes. Isso porque, os recém nascidos lambem o leite diretamente dos poros e sulcos abdominais, de onde sai o leite. Já os machos têm esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
Outra curiosidade que coloca os ornitorrincos em destaque é que eles já nascem com dentes, mas os perdem ainda jovens. Isso porque eles não são utilizados e, assim, acabam enfraquecidos. Ainda assim, a espécie é carnívora e alimenta-se, basicamente, de larvas de inseto e crustáceos de água doce. Para isso, utilizam métodos de caça extra sensoriais, que captam vibrações elétricas de suas presas.
Os ornitorrincos contam com um veneno extra forte, capaz de matar um cachorro ou causar uma dor alucinante em um ser humano. O líquido é, normalmente, liberado pelas garras afiadas do animal, principalmente quando está em perigo ou com fome.
Preservação da espécie
Os ornitorrincos já foram alvo de caça nos primeiros anos do século XX, devido a sua pele. No entanto, não há mais registros atuais de problemas desse tipo.
Atualmente, com a intensificação de construções e agricultura, a espécie vem sofrendo com a perda de seu habitat. No entanto, ainda assim, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, sigla em inglês), a espécie é classificada como pouco preocupante.
Isso porque o animal é protegido por diversas leis e políticas públicas, que proibem a sua caça e comercialização. Neste sentido, há ainda um esforço para manter o ornitorrinco longe de cativeiros, já que experiências anteriores demonstraram resultados negativos, com a morte e não reprodução da espécie. Na Austrália, somente alguns zoológicos tem permissão para manter o animal em cativeiro, sob leis e regulamentações detalhadas pelo governo.