Você já se deu conta de como esta a qualidade do ar que você respira? O Índice de Qualidade do Ar (IQAr) mede diariamente o nível de poluição do ar acumulado em um determinado lugar, sobretudo a quantidade de concentração de ozônio e partículas ao nível do solo, além de verificar a quantidade dos poluentes atmosféricos SO2 (dióxido de enxofre) e NO2 (dióxido de nitrogênio) que, em elevadas concentrações, agravam doenças respiratórias.
Os padrões nacionais foram estabelecidos pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e aprovados pelo CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), por meio da resolução CONAMA de nº 03, de 28/06/1990. Eles são medidos de duas formas: padrões primários e secundários.
Os padrões primários são os níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes que poderão afetar a saúde da população, constituindo-se em metas de curto e médio prazo. Já os padrões secundários são as concentrações de poluentes atmosféricos causam mínimo dano à fauna, à flora e ao bem estar da população, e são constituídos em metas de longo prazo.
Sendo assim, é considerado estado de alerta quando: as partículas totais em suspensão atingem 625 µg/m3; as partículas inaláveis e a fumaça estão acima de 420 µg/m3; o dióxido de enxofre é superior a 1.600 µg/m3; o dióxido de nitrogênio está além de 2.260 µg/m3; o monóxido de carbono é maior que 30 µg/m3 e ozônio está acima de 800 µg/m3.
Em São Paulo, a medição do índice de qualidade do ar é realizada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). De acordo com o Relatório de Qualidade de Ar do Estado, relativo ao ano de 2012, revelou-se que as concentrações de dióxido de enxofre (SO2) e monóxido de carbono (CO) são menores do que as observadas no final de década de 90 e início dos anos 2000. Já os níveis de monóxido de carbono e de dióxido de enxofre estão entre os mais baixos da década. O nível de partículas inaláveis manteve-se estável em 36 microgramas/m³ e a quantidade de ozônio ultrapassou o padrão de qualidade do ar.
O Rio de Janeiro também divulgou um relatório sobre como anda a qualidade do ar no Estado. Segundo o Relatório Bianual da Qualidade do Ar do Estado do Rio de Janeiro, que abrange o período de 2010 a 2011, divulgado pelo INEA (Instituto Estadual do Ambiente), notou-se que o Estado possui características de emissão de partículas totais em suspensão, devido a grande frota de veículos em mau estado de conservação e obras de infraestrutura. Além disso, durante os meses de agosto e dezembro de 2010, a região do Distrito Industrial de Santa Cruz foi acometida pela poluição atmosférica pontual, chamada de “Chuva de Prata”, em função das características físicas do material particulado emitido durante a pré-operação da usina siderúrgica TKCSA.
As maiores concentrações de dióxido de enxofre e de dióxido de nitrogênio foram encontradas em Duque de Caxias, o fato deu-se principalmente por conta do município estar em área petroquímica. Já em relação à concentração de monóxido de carbono, nenhuma estação ultrapassou o limite permitido. Em contrapartida, grande parte das estações de monitoramento detectou a presença de ozônio em quantidades elevadas.
Brasília também não fica atrás e mede diariamente a qualidade do ar da região. De acordo com o Relatório de 2012, divulgado pelo IBRAM (Instituto Brasília Ambiental), das 39 amostras coletadas na estação de monitoramento da Rodoviária do Plano Piloto apenas uma ultrapassou o padrão diário de concentração de partículas totais em suspensão. Já na estação localizada em Taguatinga Centro detectou que todas as concentrações médias de partículas totais em suspensão ultrapassou o limite estabelecido. Em relação à fumaça, apenas 5 das 30 amostras excederam o padrão indicado.