A segunda-feira não costuma ser exatamente o dia mais querido da semana, já que está associada à volta à rotina de trabalho após o descanso do final de semana. Que tal, então, fazer este dia mais criativo e interessante, deixando de lado o consumo de carne e experimentando novos sabores?
Esta é justamente a proposta da campanha internacional Segunda-feira sem carne. Criada nos Estados Unidos em 2003 com o nome original em inglês de Meatless Monday, a campanha espalhou-se rapidamente e tem dentre os seus adeptos o ex-beatle Paul McCartney (responsável pelo lançamento da campanha na Inglaterra) e sua filha Stela McCartney.
No Brasil entidades como Greenpeace, Agência de Notícias de Direitos Animais, movimento Slow Food São Paulo, Instituto Polis, Revista dos Vegetarianos, entre outras apoiam e buscam difundir a ideia que tem como premissa favorecer a saúde das pessoas e também do planeta.
Independente das questões éticas que envolvem o uso de carne animal, a diminuição do consumo da carne por uma grande quantidade de pessoas, ainda que por apenas um dia por semana, pode auxiliar a minimizar uma série de impactos causados ao meio ambiente.
Dente estes prejuízos estão o desmatamento para a criação de pastos, a consequente destruição de habitats e biomas naturais e a emissão de gás metano pelos rebanhos, comprovadamente um dos principais causadores do efeito estufa.
Se colocarmos a saúde humana no foco, a Segunda-feira sem carne pode ainda levar um número maior de pessoas a experimentar alimentos diferentes e a buscar maiores informações sobre alimentação saudável. Embora de forma indireta, a campanha tem ainda o desejo de fazer com que um número maior de pessoas passe a conhecer e a consumir alimentos produzidos em suas próprias regiões.
Como um convite para que pensemos em nossa alimentação cotidiana, a campanha Segunda-feira sem carne também é uma fonte de reflexão sobre como podemos transformar o modelo insustentável de consumo carnívoro e que novos paradigmas alimentares podemos oferecer às gerações futuras.