Gigoga, Aguapé, Iguapé, Mururé, Camalote, Rainha-dos-lagos, Jacinto-d’água, Baroneza, Murumuru, Pavoa, Pareci. Em cada canto que ela aparece recebe um nome diferente, mas todos eles denominam a mesma planta: a Eichhornia crassipes.
A gigoga se desenvolve no meio ambiente aquático contaminado. Ela é conhecida por despoluir as águas, já que suas raízes filtram a matéria orgânica. Ela também auxilia na alimentação e reprodução de diversas espécies aquáticas. Suas raízes são utilizadas como alimento, proteção para pequenos peixes e serve como locais de desova.
Sua estrutura é constituída por folhas subaquáticas longas e estreitas e por raízes com uma infinidade de pelos e rizomas. As folhas encontradas acima da superfície da água são geralmente largas e têm formato arredondado.
As gigogas são vegetais de água doce ou salobra. Como elas proliferam muito nas águas poluídas por esgotos domésticos, sua remoção periódica é necessária para que não ocupe completamente a superfície da água.
A flor desta planta normalmente aparece no final do verão, ela é grande e arroxeada, com macula amarela em uma das pétalas. Uma das fraquezas desta planta é não suportar temperaturas muito baixas, portanto durante inverno deve ser bem protegida.
Esse vegetal aquático se reproduz por brotamento. As novas plantas não necessitam de sementes, pois nascem a partir do caule principal. De acordo com o Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco, nas condições de insolação características do verão brasileiro, elas chegam a produzir até 1,1 kg de massa vegetal nova por metro quadrado por dia e nos meses de inverno 0,7.
Considerando, portanto, a produção média anual de gigoga e a quantidade de matéria orgânica obtida, nota-se que ela pode representar uma fonte energética interessante para o meio ambiente.
Para obter energia deste vegetal é necessário que as folhas, caules e raízes sejam triturados utilizando-se uma máquina do tipo que prepara capim para alimentação de gado bovino. Depois de triturados, o material obtido será submetido à fermentação em um biodigestor anaeróbio.
O biogás obtido a partir da biodigestão anaeróbia será transformado em energia elétrica por meio de motogeradores ou suprido diretamente às residências para substituição do GLP nos fogões domésticos.
Desta forma, as gigogas, consideradas por muitos como uma praga, além de evitarem a poluição e a degradação de cursos d´água também podem ser fonte de geração de gás combustível ou energia elétrica, contribuindo para a manutenção do meio ambiente.