Um dos inventários mais detalhados do mundo, a Lista Vermelha revela o estado de conservação mundial de várias espécies de plantas, animais, fungos e protistas. Elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), o inventário também é conhecido como Lista Vermelha da IUCN ou, em inglês, IUCN Red List ou Red Data List.
A lista é um indicador crucial da saúde da biodiversidade mundial. Entre os objetivos propostos estão o estabelecimento de uma base para monitorar a mudança no status das espécies, dimensionar, a nível global, os status a fim de estabelecer prioridades de conservação a nível local e monitorar o status de uma parte representativa de espécies (como indicadores de biodiversidade).
Para atingir esses objetivos e metas, a publicação traz uma avaliação dos riscos de extinção de milhares das espécies e subespécies, bem como mapas e informações sobre as espécies. O ranking ainda traz a necessidade da tomada de medidas de conservação da natureza, e orienta quais ações emergenciais devem ser tomadas e de qual jeito.
Para os organizadores, na tentativa de reduzir as extinções, isso deve ser feito em parceria com o público, governo, companhias, e apoio da comunidade internacional.
A Lista Vermelha foi atualizada no primeiro semestre deste ano. De um total de 70.294 analisadas, cerca de 20.934 estão em risco. Ao todo, mais 4.807 espécies foram agregadas à lista anterior, sendo que desse número, 700 espécies de plantas e animais foram adicionadas à lista, nas suas três categorias de ameaça. As demais foram incluídas em outras categorias. Esta é a primeira de duas revisões da lista prevista para este ano.
Entre as inclusões, destaque para as várias espécies de coníferas (árvores com flores em forma de cones ou pinhas, como os pinheiros), que são os maiores e mais antigos seres vivos do planeta. O status de todo o grupo foi reavaliado e elevou para 34% as espécies de coníferas ameaçadas de extinção.
Para tornar o mundo um lugar mais sustentável e reduzir os problemas ambientais, bem como as extinções e ameaça a ONU (Organização das Nações Unidas) criou a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). A plataforma foi criada um pouco antes da Rio+20 e foi aprovada por 91 países – apenas Bolívia, Egito e Venezuela deixaram de assinar o acordo.
Com um plano de ação traçado para o período 2014-2018, o canal tem como função fazer com que o conhecimento científico acumulado sobre biodiversidade seja sistematizado para dar subsídios a decisões políticas em nível internacional.
Para isso, ficou estabelecido que é de competência da plataforma identificar e priorizar:
• A informação científica necessária para as políticas públicas e para catalisar esforços na geração de novo conhecimento;
• Realizar avaliações regulares do conhecimento sobre a biodiversidade e os serviços ecológicos e suas interligações;
• Apoiar a formulação e a implementação de políticas ao identificar ferramentas e metodologias relevantes;
• Priorizar a capacitação para o aprimoramento da interface entre ciência e política; e
• Fornecer financiamento e apoio para as necessidades de alta prioridade ligadas às suas atividades imediatas