Nas regiões polares, no extremo Norte do planeta, o sol pode brilhar por dias seguidos, sem que a escuridão chegue. O fenômeno do Sol da Meia-Noite ocorre devido à inclinação da Terra em relação ao astro e dura por um tempo específico em diferentes latitudes.
A rotação da Terra, sua inclinação e a órbita solar, juntas, fazem com que uma das extremidades do planeta permaneça constantemente iluminada. Enquanto no Círculo Polar Ártico o Sol não se põe por até seis meses, no Círculo Polar Antártico é a noite que dura mais tempo: de 20 de março a 23 de setembro, o polo Norte está totalmente voltado para a luz. Com a rotação do planeta, o plano se inverte e o Sol da Meia-Noite passa a ocorrer no polo Sul, enquanto a noite é prolongada no Norte.
Como não existem habitantes ao sul da Antártica, apenas comunidades próximas ao Ártico conseguem visualizar o sol no céu por vários dias. Algumas populações do Canadá, Dinamarca (próximo à Groelândia), Finlândia, Lapônia, Noruega, Suécia, Alasca (EUA) e na extrema Islândia são capazes de presenciar o fenômeno Sol da Meia-Noite.
A duração da claridade e sua intensidade variam, podendo durar por um (em cidades mais distantes) ou até mesmo 180 dias (no Sul do Polo Norte). O prolongamento do Sol da Meia-Noite é maior quanto mais próximo dos polos e mais distante do Equador está a região onde incide a luz.
Ao Norte da Noruega, por exemplo, nunca anoitece completamente no verão. Apesar de o Sol não estar ao alto no céu, ele nunca chega a ser totalmente escondido, porque se mantém acima da linha do horizonte.
Para se sobreviver à noite e ao dia prolongado, a natureza criou suas estratégias. Em diversas regiões habitadas, quando o Sol aparece, os pássaros e peixes se reproduzem, o gelo formado no inverno evapora e a vegetação surge aproveitando a luz e o calor, frutificando. Ao chegar o inverno, os animais migram ou hibernam, o gelo cobre uma ampla área novamente e apenas as espécies adaptadas permanecem. Apesar de ser dia durante meses, nos extremos da Terra, porém, o gelo nunca some.