O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) é um órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pela elaboração de relatórios periódicos sobre mudanças climáticas. Composto por delegações de 130 países, ele foi criado em 1988 a partir da percepção de que o clima do planeta poderia estar sofrendo influência de ações humanas.
A partir daí, o IPCC vem publicando estudos e pareceres técnicos sobre o clima. O primeiro Relatório de Avaliação sobre o Meio Ambiente foi publicado em 1990. Entre outras coisas, o documento defendeu a criação da Convenção do Quadro das Nações Unidas para Mudanças do Clima (UNFCC, sigla em inglês), em que governos discutem políticas referentes às mudanças climáticas.
O segundo foi publicado em 1995 e acrescentou vários elementos às discussões que resultaram no Protocolo de Kyoto, em 1997. O terceiro documento do IPCC saiu em 2001 e o quarto em 2007.
Em setembro de 2013, a primeira parte do quinto relatório climático foi revelada, e as notícias não foram animadoras. O documento diz que o os gases de efeito estufa (GEE) são os maiores responsáveis pelo fenômeno do aquecimento global. Algumas das consequências diretas deste problema são o aumento do nível do mar, da sua temperatura e acidez, o que afeta a disponibilidade de água no planeta. Se a emissão dos GEE não for reduzida drasticamente, a temperatura média do planeta pode aumentar 5,8°C até o final do século.
Para a elaboração dos relatórios o IPCC não realiza pesquisas científicas, apenas avalia as investigações existentes. Os governos envolvidos recebem uma versão prévia dos estudos tempos antes de sua publicação, deste modo, podem fazer anotações, sugestões de mudanças e inclusão de dados novos.
Os estudos sempre são publicados em quatro partes, elaboradas por três grupos de cientistas. O primeiro capítulo reúne provas de que as mudanças climáticas são causadas pela ação humana; a segunda parte se refere às consequências que essas mudanças vão trazer ao meio ambiente e ao homem; o terceiro capítulo procura achar soluções para combater as mudanças climáticas; a última parte só serve para sintetizar as conclusões dispostas nos capítulos anteriores.