O bioma é caracterizado por um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável em determinado local, ou seja, grupo de vegetação, solo e altitude específicos que compõem determinada região. Bioma é uma palavra que vem do grego, é composta pela junção de “bios” (vida) e “oma” (grupo ou massa) e foi usada pela primeira vez pelo ecologista norte-americano Frederic Edward Clements em 1916.
O Brasil é composto por seis biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. A seguir, descreveremos melhor cada um deles.
Bioma Amazônia
As copas das enormes árvores escondem o processo de nascimento, reprodução e morte de mais de um terço das espécies que vivem sobre a Terra, segundo informações do Ministério do Meio Ambiente. A Amazônia é o maior bioma brasileiro e compreende um território de 4.196.943 km2 de extensão, com 2.500 espécies de árvores e 30 mil espécies de plantas.
Entretanto, esse bioma é frágil e sofre com a interferência do homem. Assim, o desmatamento, as queimas, a garimpagem, a biopirataria e a criação de gado são as principais ameaças a esse bioma.
Bioma Caatinga
O bioma Caatinga abrange os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas. Ocupa uma área de cerca de 844.453 km2, ou seja, 11% do território nacional e abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas e por volta de 27 milhões de pessoas vivem na região.
Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga está em constante perigo devido ao desmatamento acelerado que chega a 46% da área do bioma, causado principalmente pelo consumo de lenha nativa – explorada de forma ilegal e insustentável para fins domésticos e indústrias – pelo sobrepastoreio e conversão da região para pastagens e agricultura.
Bioma Cerrado
O bioma Cerrado é o segundo maior da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, o que equivale a cerca de 22% do território brasileiro. Esse bioma é reconhecido como a savana mais rica do mundo e possui 11.627 espécies de plantas nativas. Os números impressionam, 199 espécies de mamíferos são conhecidas, a avifauna (conjunto de aves) abrange cerca de 837 espécies, são 1.200 espécies de peixes, 180 espécies de répteis e 150 de anfíbios. Além disso, serve de refúgio para 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins trópicos.
Apesar de sua riqueza natural, apenas 8,21% de seu território é legalmente protegido por unidades de conservação ambiental. Outro fato relevante é que inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Além disso, a região sofre com constantes intervenções humanas, como a produção de carne e grãos, a degradação ocasionada pela expansão da fronteira agrícola e a exploração indiscriminada de lenha para produção de carvão.
Bioma Mata Atlântica
Originalmente, o bioma Mata Atlântica abrangia cerca de 1.300.000 km2, se estendia por 17 estados brasileiros e era composta por um conjunto de formações florestais e ecossistemas associados, como restingas, manguezais e campos de altitude. Atualmente, estima-se que apenas 7% dessa área está conservada em fragmentos acima de 100 hectares.
Por conta disso, o bioma Mata Atlântica é o mais ameaçado do país e calcula-se que a área desmatada foi de 235 km2, sendo 219 km2 de perda de florestas, 15 km2 de supressão de vegetação de restinga e 0,17 km2 de devastação de mangues, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica. Porém, apesar de reduzido, existem cerca de 20 mil espécies vegetais no bioma, número superior ao de muitos continentes.
Bioma Pampa
O bioma Pampa está restrito apenas ao Rio Grande do Sul e ocupa uma área de aproximadamente 176.496 km². Ou seja, corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. O bioma apresenta fauna e flora próprias e grande biodiversidade, com 3 mil espécies de plantas e cerca de 600 espécies animais.
O Pampa também sofre com a expansão das monoculturas e das pastagens, o que acarreta na degradação da região, descaracterização das paisagens naturais, diminuição do habitat das espécies e a perda da biodiversidade compromete o potencial de desenvolvimento sustentável da região.
Bioma Pantanal
O bioma Pantanal é considerado o de menor extensão do Brasil, com cerca de 150.355 km², entretanto é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
O Pantanal sofre influência direta dos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Apesar de manter 86,77% de sua cobertura vegetal nativa, a região vem sofrendo por conta da ação do homem, principalmente pela atividade agropecuária.