A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, anualmente, mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo corram o risco de morrer devido a problemas respiratórios causados pela poluição. No Brasil, as principais fontes de poluição estão divididas em três setores:
Fixas – são classificadas assim as indústrias de transformação, de mineração e de produção de energia através de usinas termelétricas;
Móveis – decorrentes de veículos automotores. Estão ligadas às emissões resultantes da combustão (principal responsável pela poluição nas grandes cidades);
Agrossilvipastoris – são relacionadas às queimadas, incêndios florestais, pulverização de fertilizantes e agrotóxicos.
Hoje, a queima de combustíveis fósseis derivados de petróleo e carvão mineral são os principais geradores de poluição. Responsáveis por alimentar os setores industrial, elétrico e de transporte urbano, a sua queima libera grandes quantidades de monóxido e dióxido de carbono na atmosfera, além de causar sérios danos à saúde da população. O monóxido de carbono prejudica o sistema respiratório e diminui a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue; já o dióxido de carbono, quando em excesso no sangue, leva a uma condição anormal no estado de saúde, causando sintomas que vão desde tonturas até convulsões, e podendo levar a morte.
A poluição agrossilvipastoril é decorrente das atividades ligadas à agricultura, silvicultura e pecuária. O uso indiscriminado de agrotóxicos – que contaminam águas subterrâneas e superficiais – e o excesso de queimadas são os principais problemas. Diversas entidades do movimento estudantil do Tocantins, recentemente, manifestaram insatisfação pela aprovação de um projeto de lei que institui o Programa de Adequação Ambiental de Propriedade e Atividade Rural, o TO-Legal. Ele prevê a dispensa de licenciamento ambiental para as atividades agrossilvipastoris, o que deve eliminar qualquer ação regulatória do setor – podendo causar sérios danos ambientais na região.
De acordo com o relatório anual de qualidade do ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) do Estado de São Paulo, os cidadãos paulistanos tiveram o pior índice de poluição de gás ozônio nos últimos 10 anos, respirando poluentes a níveis abaixo do ideal (150 microgramas por metro cúbico). O motivo se deve ao aumento da frota de veículos, somado às temperaturas acima da média e a estiagem, propícia para a formação do ozônio. O excesso deste gás no organismo pode provocar lesões nas células, levando a alterações que podem ser responsáveis pelo aparecimento de tumores cancerígenos.